Divisão de Homicídios usa drone no combate ao crime
Por Renata Sena
Os 160 policiais civis que atuam na Divisão de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo (DHNISG) ganharam um surpreendente parceiro no combate à violência e nas investigações de crimes da região. O novo ‘colega de trabalho’ é um drone (aeronave não tripulada), que começou a ser utilizado no último domingo, e já contribuiu com a apreensão de mais de 15 quilos de drogas.
O equipamento utilizado pelos agentes é o Dj3 Phantom, com alcance médio de três quilômetros de distância da base de monitoramento e até 750 metros de altitude. A câmera do drone tem capacidade de captar imagens num raio de até três quilômetros e já conseguiu flagrar traficantes da Favela do Sabão, em São Lourenço, Niterói, atuando na distribuição de drogas. Ao perceber a presença do dispositivo, o suspeito, que estava em cima de uma laje, jogou pedras para tentar danificá-lo, mas sem sucesso.
Para o delegado Gabriel Poiava, da DH, além de ajudar a flagrar a rotina dos criminosos, o equipamento tem diversas funções.
“O drone ajuda, principalmente, no mapeamento de áreas e a visualizar eventuais rotas de fugas no momento em que entramos nas comunidades. Muitos dos objetos dos crimes, como armas e drogas, são dispensados nesse momento. Com o drone, temos chances de localizar esses objetos”, explicou Poiava.
E logo no primeiro dia de ‘trabalho’, a pequena aeronave auxiliou os policiais a localizarem e apreenderem mais de 15 quilos de drogas, no último domingo, no Complexo do Anaia, em São Gonçalo. Apesar de ser novato na especializada, o drone já é o queridinho dos policiais operacionais.
“O manuseio dele é muito simples, permite a segurança da equipe da DH e garante dinamismo nas investigações”, afirmou um agente. As imagens feitas pela câmera adaptada ao drone são transmitidas em tempo real para os controladores do equipamento, que pode custar até R$ 10 mil.