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Clipe 'A Voz' de cantora Cassiane é reeditado e repostado no Youtube

O vídeo causou uma polêmica na internet

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 21 de julho de 2020 - 11:28
Vídeo de cantora gospel é reeditado após polêmica na internet
Vídeo de cantora gospel é reeditado após polêmica na internet -

O clipe da música 'A Voz' da cantora gospel Cassiane, que mostra uma mulher que sofre violência doméstica de seu companheiro, continua dando o que falar. Isso porque a Mk Music, canal no qual o vídeo foi postado, alterou a descrição do vídeo e o reeditou para um versão que agradasse mais aos internautas. A produção audiovisual, que foi publicada no último dia 17, causou alvoroço na internet, pois na primeira versão do clipe, a vítima saía da casa do agressor sem o denunciar para a delegacia e deixava apenas um bilhete que dizia que oraria por ele e o perdoava. A internet, então, afirmou que a mulher agredida não denunciava o agressor e isso poderia incentivar vítimas reais de violência doméstica a não denunciarem e a romantizarem a violência sofrida. Depois disso, no entanto, o vídeo anterior foi apagado e um novo foi respostado.

Na nova versão do clipe, postada no último dia 19, a vítima da violência doméstica denuncia o agressor e liga para a Central de Atendimento à Mulher (180). Depois disso, ele se converte e parece ter mudado para alguém melhor. 

A descrição do vídeo também foi alterada. Anteriormente, quando publicado pela primeira vez, a descrição do vídeo informava que 'A Voz' faz parte do EP homônimo da cantora Cassiane e estava disponível nas plataformas digitais. Após a abordagem e as críticas dos internautas, foi incluído, então, na descrição do vídeo, o número da Central de Atendimento à Mulher (180). No entanto, com o novo vídeo repostado, a descrição agora também ressalta a importância da denúncia para as mulheres que sofrem a violência doméstica. "Nosso respeito e pesar a todas as vítimas que, infelizmente, não tiveram forças para abandonar ou denunciar o agressor", diz a nova frase incluída abaixo do vídeo. Após esse texto, também está, novamente, o número da Central de Atendimento a Mulher, o 180 (que agora se encontra no início e do fim da descrição completa). 

Na época da publicação do primeiro clipe, Marina de Oliveira, a diretora artística da gravadora MK Music, informou para a colunista Fábia de Oliveira, que as pessoas não haviam entendido a profundidade da história. "Não podemos esperar que pessoas que ainda não foram alcançadas pela graça de Deus compreendam a profundidade da história. Essas pessoas não acreditam que Deus em sua misericórdia tem poder para mudar a vida e o comportamento de uma pessoa. Para enxergar e compreender isso é preciso se converter". 

Além disso, Marina informou que: "Como esta mulher do clipe, existem milhares de outras que sofrem agressão e a decisão da denúncia é de cada uma delas. Notem que não fica claro no clipe se a mulher denunciou o marido. Quem sabe, quando ela foi embora também não ligou para denunciar? Assim como não aparece a mulher denunciando, também não aparece ela voltando para casa. O clipe termina em aberto justamente por ser um assunto tão íntimo, delicado e polêmico". 

Ela ainda afirmou que o clipe se limita a uma abordagem espiritual do assunto."Nossa abordagem no clipe é espiritual e não jurídica. O foco do clipe é que a voz de Deus faz demônios saírem e tem poder para transformar vidas e conceder uma segunda chance até para o mais vil pecador, ou criminoso", concluiu. 

O clipe original havia recebido mais de 36 mil deslikes, já o reeditado possui 20 mil deslikes. 

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