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Alunos ocupam Uerj em SG

Eles reivindicam pagamentos de salários terceirizados e das bolsas de estudos

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 02 de dezembro de 2015 - 10:14

Alunos ocupam o bloco A da FFP, onde fica a sede administrativa da Uerj de São Gonçalo

Marcela Freitas

Alunos que integram o Movimento Estudantil da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) ocupam, desde a noite de segunda-feira, o campus da Faculdade de Formação de Professores (FFP) no Paraíso, São Gonçalo. Os estudantes reivindicam o pagamento imediato de todos os trabalhadores terceirizados e sua efetivação ao quadro da Uerj, bem como o pagamento das bolsas dos estudantes e 6% do Produto Interno Bruto (PIB) para as universidades públicas do Estado. A manifestação ocorre também no campus Maracanã, no Rio.

Além das pautas emergenciais, os estudantes reivindicam que a FFP ofereça acessibilidade, passe livre, bandejão e creche. A ocupação, segundo os estudantes, segue por tempo indeterminado até que todos os pagamentos sejam quitados. Neste período, não haverá aulas na graduação, mas atividades como pós-graduação, mestrado e concursos estão mantidos. A entrada de estudantes e professores no FFP não é impedida.

Ontem, cerca de 50 estudantes ocupavam o Bloco A, onde funciona a sede administrativa da instituição. De acordo com o estudante Victor Rocha Corrêa, de 20 anos, aluno do 4º ano de Biologia, a bolsa dos estudantes no valor de R$ 400 para estagiários e cotistas está atrasada há dois meses. Sem esse repasse, muitos alunos não têm como se deslocar até a universidade. “Temos sete mil alunos bolsistas. Esse valor é gasto com passagem e alimentação. Muitos precisam dessa ajuda. Eles não podem ser prejudicados por um erro que não é deles”, afirmou.

Estudante do 6º período de História, Amanda Maria Lopes, 29, disse que os terceirizados estão sendo coagidos a trabalhar. “Eles estão depositando as passagens para que o funcionário seja obrigado a comparecer ao trabalho. Mas eles estão sem receber. Isso é indigno. Essas pessoas têm famílias e precisam honrar com seus compromissos. Então, sem salários, sem aulas”.

Paralisação - Há uma semana, o reitor Ricardo Vieira Alves decretou a interrupção das aulas devido a falta de serviço de limpeza. Mas, ontem, as aulas seriam retomadas. No site da Uerj, o reitor afirma que a manifestação pacífica dos estudantes é legítima e motivada. A assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação informou que as empresas estão sendo pagas e que o governo trabalha para anunciar uma data para as bolsas o quanto antes.

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