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Caixa Econômica fará novas obras em condomínio interditado no Arsenal

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 15 de dezembro de 2016 - 10:00
Moradores ainda não sabem quando terão os apartamentos de volta e pedem apoio psicológico
Moradores ainda não sabem quando terão os apartamentos de volta e pedem apoio psicológico -

Por Marcela Freitas e Matheus Merlim

O futuro dos moradores do condomínio Bela Vida 1, do programa ‘Minha Casa, Minha Vida’, no Arsenal, em São Gonçalo, segue indefinido. Na audiência de conciliação, que aconteceu na tarde da última terça-feira, na 2ª Vara Federal de São Gonçalo, no Zé Garoto, a juíza Maria Carolina Akel Ayoub determinou que a Caixa Econômica Federal faça, em uma semana, um plano estrutural à Defesa Civil, que vai avaliar e, depois, desinterditar os prédios.

No início da tarde de ontem, técnicos da Defesa Civil estiveram no condomínio para entregar a decisão aos moradores. De acordo com o coronel Adilson Alves, coordenador da Defesa Civil de São Gonçalo, apenas depois de apresentado e avaliado o projeto da CEF, o órgão poderá liberar os apartamentos para que os moradores voltem às suas casas.

“Nesse projeto, a Caixa tem que apresentar um cronograma de execução de recuperação estrutural do muro, restabilização do solo, além de drenagem superficial, inclusive da rede de esgoto. Se nós tivermos noção de que essas etapas foram cumpridas, entendemos que os blocos estão estáveis para moradia”, declarou.

O síndico do condomínio, Sérgio Borges, de 35 anos, acredita que o prazo, dessa vez, seja cumprido. Porém, reitera que as famílias precisam de amparo psicológico e assistencial para aguentarem mais esse período fora de casa. “Até acredito que a Caixa possa concluir o projeto dentro do prazo, mas os moradores precisam ter acompanhamento de assistentes sociais. Até agora, ninguém conversou com os moradores. Muitos estão na casa de amigos e parentes, sem saber se voltam para casa”, contou.

Assistência – Moradora do local, a dona de casa Ana Cristina Almeida, 45, lamenta a falta de atenção. “Morava no Novo México e perdi tudo. Vim para cá, com meu marido, filhos e netos acreditando que tudo seria melhor. Desde 2012 é um problema atrás do outro neste lugar. Pagamos pela casa e não temos atenção. Nunca mais tive uma noite de sono tranquila”, disse.

O porteiro João Carlos Batista, 30, pai da pequena Joana, de 12 dias, e de outros quatro filhos, disse que evita dormir no imóvel. “Estamos dormindo na casa de parentes. Temos receio do que pode acontecer com os imóveis. Muitas famílias que não têm para onde ir, dormem na área da churrasqueira do salão de festa. O que mais lamentamos é não ter amparo psicológico em um momento tão difícil”, ressaltou.

A assessoria de imprensa da Caixa Econômica Federal informou que atenderá ao acordo, realizado na audiência de conciliação, visando resguardar a segurança dos moradores e dos operários envolvidos nas correções necessárias para o empreendimento. A nota da Caixa esclarece, ainda, que incluiu a empresa responsável pelo empreendimento no cadastro restrito interno.

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