Moradores do Rio do Ouro sofrem com paralisação de obra garantida pela justiça
Luta pela obra dura 14 anos
Por Marcela Freitas
O sofrimento vivenciado pelos moradores do loteamento Vila Hulda, em Rio do Ouro, parece não ter fim. Depois de lutarem na justiça por 14 anos para garantir a realização de obras de revitalização de nove ruas e ganharem a ação, a Prefeitura de São Gonçalo, vem descumprindo a decisão judicial e as obras iniciadas em abril foram paralisadas nesta semana.
A ação iniciada em 2003 pelos moradores da localidade, que tem Celso Pontes, deficiente visual de 69 anos, como representante, tem como objetivo garantir a acessibilidade adequada com pavimentação, saneamento, urbanismo e iluminação.
No último dia 8 de março, o juiz titular da Terceira Vara Cível – Euclides de Lima Miranda – determinou o início das obras e em caso de descumprimento, o prefeito José Luiz Nanci, em sua pessoa, deveria pagar multa diária de R$ 5 mil. Cumprindo o prazo determinado, a prefeitura iniciou as obras, mas o cronograma não foi seguido como esperado.
Segundo Celso, a empresa RC Vieira Engenharia Limitada, contratada para executar a obra, mas não teria recebido nenhum dos três repasses necessários da somatória de mais de R$ 3,5 milhões.
“Não temos o que falar da empresa, que é muito boa e prestativa. Eles executam a obra com bastante cuidado e empenho. Eles levaram até onde deu, mas infelizmente, sem os pagamentos, não tem como continuar. Até então eram 15 trabalhadores e eles precisavam receber para contratar mais”, disse Celso.
As obras com previsão de término em outubro 2018, já contemplaram três vias.
O representante da RC Vieira Engenharia Limitada, Joderplan Magalhães, disse que tem um bom diálogo com o executivo e garantiu que as obras devem ser retomadas na próxima segunda-feira. A Secretaria de Desenvolvimento Urbano de SG esclarece que as obras na Vila Hulda foram paralisadas para análise do projeto básico, pois o mesmo apresentava defasagem em relação às intervenções na rede de águas pluviais. O projeto não atendia à necessidade da área e precisou ser redimensionado. Órgão reiterou que obras vão recomeçar.