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Prefeitura dá calote e 4 mil crianças podem ficar sem creche em São Gonçalo

Representantes fizeram manifestação na Prefeitura

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 05 de outubro de 2017 - 10:58
Os manifestantes fecham parte da Rua Feliciano Sodré
Os manifestantes fecham parte da Rua Feliciano Sodré -

Sem receber repasses há nove meses, representantes de creches conveniadas à Prefeitura de São Gonçalo, professores e pais de alunos realizaram, na manhã de ontem, uma manifestação nas escadarias da sede do Executivo. Durante a ação, eles fecharam parte da Rua Feliciano Sodré para protestar contra o prefeito José Luiz Nanci, que se negou a recebê-los durante o ato.

De acordo com o grupo, os repasses são feitos pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), mas apesar de recolher, a Prefeitura não estaria quitando os débitos com as 34 creches que, juntas, atendem mais de quatro mil crianças por toda a cidade.

Elidia Lemos, diretora de três creches e representante da comissão, disse que os atrasos variam de cinco a nove meses. “Eles falaram que nos pagaram, mas isso não aconteceu. O dinheiro é federal e não sabemos para onde está indo. Eles falam que não têm recurso em caixa, mesmo sendo garantido pelo Fundeb”, contou.

Ainda segundo Elidia, a prefeitura alega erros na documentação, mas nem o convênio foi renovado. “Como vamos legalizar as certidões se não temos dinheiro para pagar os funcionários. O trabalho está sendo, praticamente, voluntário. O pouco de recurso que temos é para garantir o atendimento às crianças. Dessa forma, somos obrigados a parar. Serão quatro mil crianças sem atendimento”.

Mãe de aluno, a vendedora Nathália Oliveira teme que sua filha de quatro anos perca o direito de ir para creche na Trindade. “Eu não tenho como pagar alguém para tomar conta dela ou creche particular. Se ela perder esse direito, vou deixar de trabalhar e vai complicar muito o nosso orçamento. Queremos o que é direito nosso. Toda criança precisa estar na escola”, afirmou.

O movimento promete fazer novas manifestações, caso não haja pagamentos nos próximos dias. A assessoria de imprensa da Prefeitura de São Gonçalo foi procurada, mas não deu retorno até o fechamento desta edição.

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