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Família denuncia negligência médica em São Gonçalo

Jovem de 18 anos perde bebê após procurar atendimento em maternidade

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 01 de março de 2018 - 09:00
Rosilene Oliveira, de 37 anos, mostra a foto de Nathália, de 18 anos, que esperava a primeira filha
Rosilene Oliveira, de 37 anos, mostra a foto de Nathália, de 18 anos, que esperava a primeira filha -

Por Marcela Freitas

O significado do nome Luisa é ‘guerreira gloriosa’. Logo que soube que esperava uma menina, a jovem Nathália Oliveira Guimarães, de 18 anos, pensou cuidadosamente no nome que daria a sua primeira filha. A menina, muito esperada, era a concretização de um sonho da dona de casa. Mas ao contrário do que esperava, Luisa não foi entregue aos seus braços.

Após sentir dores na última segunda-feira, a jovem que caminhava para sua 32ª semana de gestação, procurou a maternidade Doutor Mario Niajar, em Alcântara, onde foi atendida na emergência e liberada após exames. A mãe de Nathália, Rosilene Oliveira de França, de 37 anos, contou que ela estava perdendo líquido e, mesmo assim, o médico mandou que ela voltasse para casa e usasse apenas um absorvente.

Nathália voltou a passar muito mal. E na terça-feira, ao retornar para a unidade, ela teve a triste notícia de que sua filha estava morta em seu ventre. “A Luísa era muito aguardada por nós e a perdemos em razão de uma negligência médica. O médico fez o toque e a mandou para casa. Trataram o caso da minha filha como uma indisposição e, na verdade, ela estava perdendo a minha neta”, lamentou Rosilene.

Ela afirma ainda que mesmo após o diagnóstico de óbito fetal, os médicos se recusam a realizar uma cesária de emergência. “Eles deram um remédio para induzir o parto normal. Minha filha está gritando de dor. Tem casos aqui na unidade de meninas que ficaram com o feto morto por oito dias aguardando o parto normal”, contou.

A diretora geral da unidade, Adriana Freire, informou que, durante o primeiro atendimento, a jovem não estava em trabalho de parto. “Ela se queixava de dor embaixo do ventre, foi medicada e liberada porque não havia indicação para internação. A paciente estava sem cartão do pré-natal e em curso de uma gestação prematura. Retornou e não foram sentidos os batimentos e, após exame, foi diagnosticado um problema que pode cursar com óbito fetal durante a gestação. Sobre o procedimento adotado em que se deve expelir o bebê é a melhor opção, principalmente quando não se tem cirurgias anteriores. Até mesmo para diminuir a possibilidade de infecção”, explicou a diretora.

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