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Familiares de militar da Marinha assassinado lutam por justiça

Crime ocorreu em outubro do ano passado

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 06 de maio de 2018 - 09:46
O militar da Marinha, Altamir de Almeida Neto, foi morto durante discussão de bar em outubro de 2017
O militar da Marinha, Altamir de Almeida Neto, foi morto durante discussão de bar em outubro de 2017 -

Por Elena Wesley

Faz quase sete meses desde que a vida do militar da Marinha Altamir de Almeida Neto foi perdida de forma precoce durante uma discussão em um bar do Mutondo, em São Gonçalo. Para a família, nada é capaz de preencher o vazio que ficou com a partida de um jovem promissor e cheio de sonhos. A saudade, no entanto, tem sido canalizada para a expectativa por justiça.

Elaine Dias, mãe da vítima alimenta esta esperança, de que o acusado do crime, o policial civil Alexandre Hallas, seja condenado e cumpra pena. No próximo dia 23, ela comparecerá à segunda audiência do caso, no Fórum Juíza Patrícia Lourival Acioli, no Colubandê.

“O crime ocorreu no final de outubro, e a primeira audiência, prevista somente para março, acabou sendo adiada e aconteceu em abril. Nessa segunda audiência é que finalmente o o julgamento será agendado. A nossa expectativa é que ele seja condenado e permaneça preso pelo que fez. Mas nada trará meu filho de volta...”, lamenta Elaine.

Familiares e amigos da vítima chegaram a organizar uma manifestação em frente ao Fórum, em março desse ano, em protesto aos atrasos no processo. Segundo os idealizadores, eles temiam que a demora contribuísse com a impunidade.

Uma pesquisa da Secretaria da Reforma do Judiciário do Ministério da Justiça, divulgada em 2014, revelou que um processo de homicídio leva, em média, oito anos e seis meses para ser julgado no Brasil. O estudo sobre o tempo médio de tramitação foi realizado em cinco capitais brasileiras, em 2013.

Recordando - Altamir de Almeida Neto foi assassinado na madrugada do dia 28 de outubro. Segundo testemunhas, o militar e o policial civil se desentenderam dentro do bar e saíram do estabelecimento para conversar. Do lado de fora, o agente disparou um único tiro, pelas costas, contra o jovem de 22 anos. O acusado fugiu a pé, porém, no dia seguinte, já se encontrava detido na Divisão de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí.

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