Família cria 'vaquinha online' para custear tratamento de menina com autismo
Casal vendeu os móveis da casa para comprar remédios
Por Dayse Alvarenga e Alan Emiliano
“Eu sou um desenho ou sou real?”. O questionamento inusitado da pequena Maria Luisa Cabral, de 5 anos, que foi diagnosticada com Síndrome de Asperger ou Transtornos do Espectro Autista (TEA), em 2016, reflete o sofrimento da sua família que criou uma vaquinha online para custear o tratamento da criança, que é apaixonada por livros, como retratado em reportagem especial de O SÃO GONÇALO há cerca de um ano.
Segundo a mãe de Maria Luisa, Anna Maria Cabral, o tratamento estava caminhando bem através na Clínica da Criança, no Centro de São Gonçalo, mas foi interrompido devido ao pedido de demissão do neuropediatra da unidade saúde.
“Após a descoberta do autismo, nós encaminhamos Maria Luisa para uma unidade, que nos ajudou bastante no desenvolvimento da nossa filha. Entretanto, após o pedido de demissão, ela teve uma recaída muito grande e não conseguimos ver uma evolução, pois o tratamento é realizado com outras crianças, sendo que ela precisa de um atendimento especializado”, afirmou a mãe, que está desempregada e ainda sofre com problemas de depressão.
Desesperados para cuidar adequadamente da menina, os pais de Maria Lusia tiveram uma atitude desesperadora: se desfizeram de todos os móveis da casa para comprar medicamentos, que custam em torno de R$ 600, além de custear uma alimentação especial, o que, segundo os pais, está prejudicando ainda mais a saúde de Maria Luisa, já que só um colchonete no chão da casa para dormir.
“Nós estamos vivendo uma situação muito difícil e precisamos de uma ajuda temporária. Não estamos pedindo ajuda para o resto de nossas vidas. Só queremos custear o tratamento até que consigamos um emprego”, afirmou o pai da menina, Cláudio César, de 50 anos.
Canais para ajuda - Quem quiser ou puder ajudar o tratamento da pequena Maria Luisa, a vaquinha pode ser acessada através do link www.vakinha.com.br/ vaquinha/tratamento-da-malu.
Além disso, os pais disponibilizaram os telefones para mais informações e ajuda para o tratamento de Maria Luisa. Os números são os seguintes: (21) 98442-6391 e (21) 2720-3055.