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Vigilante é baleado durante roubo de carga de cigarros

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 26 de julho de 2016 - 11:00
Na Covanca, estojos dos fuzis ficaram espalhados pelas ruas. No Pacheco, carro da escolta foi atingido por vários disparos
Na Covanca, estojos dos fuzis ficaram espalhados pelas ruas. No Pacheco, carro da escolta foi atingido por vários disparos -

Por Thuany Dossares e Laryssa Moura

Três vans que transportavam cargas de cigarros foram atacadas por bandidos em São Gonçalo e Itaboraí, na manhã de ontem. Em um dos casos, houve troca de tiros e um segurança que fazia a escolta de uma das cargas acabou baleado.

Os funcionários da empresa contaram que estavam fazendo uma entrega numa lanchonete, na Rua Floriano Peixoto, no bairro Covanca, quando seis homens encapuzados, armados de fuzis e pistolas, chegaram divididos em dois veículos pratas, um Corsa e um Astra, e começaram a atirar contra os vigilantes.

Houve intensa troca de tiros, que assustou os moradores da região. Durante o confronto, o segurança Dagoberto Marciano Cardoso, de 35 anos, foi baleado em uma das pernas. Ele foi socorrido e levado para o Pronto Socorro de São Gonçalo (PSSG), no Zé Garoto, e, em seguida, transferido para o Hospital Estadual Alberto Torres (Heat), no Colubandê, onde foi submetido a uma cirurgia. Até o início da noite de ontem, o estado de saúde dele era considerado grave.

Os tiros também deixaram marcas nos carros que estavam estacionados na rua. Os estojos dos fuzis, calibres 7.62 e 5.56, usado pelos bandidos, ficaram espalhados pelo chão. Os criminosos conseguiram escapar levando R$ 7 mil, que seriam pagos pela carga de cigarros.

Já outra van que passava pela Rua Estrada São Pedro, no Pacheco, foi atingida por diversos disparos. No entanto, não houve feridos e a carga não chegou a ser levada. De acordo com testemunhas, a ação foi realizada por cinco criminosos que estavam em um carro I30, cinza escuro. Encapuzados e fortemente armados, os bandidos se aproximaram do veículo com a carga e iniciaram o confronto com os seguranças que faziam escolta do material.

O terceiro caso do dia ocorreu no Apolo, em Itaboraí, onde a carga acabou sendo roubada, assim como todo o armamento da equipe de segurança. Não houve trocas de tiros.

Segundo um dos funcionários, esse tipo de crime não é novidade da região. “Os roubos de cargas acontecem quase que diariamente. Já tiveram amigos presos dentro dos veículos, por ordem dos criminosos, e outros largados em áreas de risco”, disse um vigilante, que não quis se identificar.

Um outro funcionário, que também preferiu o anonimato, contou que essa é a quinta vez em menos de um ano em que ele sofre uma tentativa de assalto. “Já está ficando recorrente. Mas troca de tiros é a primeira vez que acontece. Eu na hora só saí correndo para me esconder. Foi um livramento de Deus. Mas convivemos diariamente com a insegurança, é muito complicado. Os bandidos sempre vêm em grupos e fortemente armados. Não temos nem o que fazer”, desabafou.

Os crimes foram registrados na 73ªDP (Neves), 74ªDP (Alcântara) e 71ª (Itaboraí), respectivamente. Os casos, no entanto, serão encaminhados para a Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), que apuram a relação entre os crimes.

De acordo com dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) do Rio, São Gonçalo registrou, somente neste ano, 288 casos de roubos de carga. Já em Itaboraí foram 30, segundo o órgão.

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