Polícia prende quatro homens que pretendiam matar vereador em Itaboraí
Comerciante também seria alvo
min de leitura | Escrito por Redação | 16 de agosto de 2017 - 08:00
“Hoje eu só tenho que agradecer a Deus. Até agora não consigo entender o porquê desse plano, nunca tive problemas com ninguém”. Esse é o relato do vereador e policial militar reformado, Rogério Filgueiras (PTC), de 41 anos, que seria alvo de criminosos, na manhã de ontem. Após denúncias, policiais do Serviço de Inteligência (P-2) do 35º BPM (Itaboraí) evitaram dois possíveis homicídios, entre eles o do parlamentar, ao prender quatro pessoas que seriam integrantes do tráfico de drogas dos bairros Visconde de Itaboraí e Nova Cidade, em Itaboraí.
De acordo com a PM, a operação começou ainda pela madrugada, quando foram recebidas denúncias anônimas sobre uma quadrilha de homicídios em um carro cinza que atuaria no bairro de Nova Cidade, durante a manhã. Após apurar que o grupo tinha como alvos o vereador, que é policial militar reformado, e um comerciante da região, por achar que ambos davam apoio a PMs, os militares fizeram um cerco na RJ-114, em Venda das Pedras.
Com apoio de policiais do Patrulhamento Tático Móvel (Patamo), os militares da P-2 conseguiram abordar o Renault Clio (LOJ-9043), com com dois homens dentro. Os suspeitos, identificados como Diorge Sabino dos Santos, o Sabino, de 48 anos, e Julio Cesar Pinheiro Neves, o Playboy, 38, estavam com duas pistolas, uma calibre 9mm e outra .40, além de 500 papelotes de cocaína.
Os policiais continuaram as diligências em uma casa na Estrada do Pacheco, próxima à BR-101. Lá, encontraram Ângelo Pereira Chavão, de 27 anos, e Faes Abdala Mascena Sarafone, 35.
Crime tramado em presídio federal
A ‘encomenda’ das mortes do vereador e do comerciante teriam partido de um presídio federal, de acordo com a polícia. O mandante dos assassinatos seria o traficante José Ricardo Couto e Silva, o Ricardo Paiol, uma das lideranças do Comando Vermelho no Estado. Condenado a 32 anos, ele é apontado como chefe do tráfico de drogas do Morro do Turano, no Rio, e em favelas de Itaboraí.
No celular de Sabino, a polícia interceptou mensagens, num aplicativo de conversa instantânea, com ordens dos homicídios que teriam partido de Paiol, dentro de um presídio federal de segurança máxima. Em um trecho ele pede ‘que o grupo seja pontual’.