Alerj planeja mais rigor contra tráfico de animais
Quase 8 mil bichos foram resgatados em 2017 mas apenas oito pessoas foram presas
Em 2017, mais de 7,8 mil animais silvestres foram resgatados no estado pelo Comando da Polícia Ambiental. Entretanto, apenas oito pessoas foram presas por esse tipo de crime no mesmo período. Esse quadro é um reflexo de falhas na legislação sobre o tema, segundo o presidente da Comissão Especial em Defesa dos Animais da Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj), deputado Carlos Osório (PSDB). Para combater a impunidade, o grupo vai apresentar, em até 30 dias, novas propostas para coibir o tráfico de animais. Segundo Osório, ainda que a Alerj não possa atuar na questão criminal, outras medidas podem ser adotadas para coibir a prática.
“As informações coletadas hoje vão permitir que a gente elabore atualizações na lei para endurecer o combate ao tráfico de animais silvestres no estado. Hoje, a polícia faz o seu trabalho, prende os traficantes e é obrigada a soltá-los por causa de lacunas na legislação”, afirmou Osório.
Falta de recursos - As novas medidas também vão buscar a garantia de verba para a atuação dos agentes de segurança da área. No estado, apenas 308 policiais fazem parte do Comando da Polícia Ambiental da Polícia Militar. O efetivo é insuficiente para atender os 92 municípios fluminenses, de acordo com o capitão da corporação, Fernando Silva dos Santos. Contudo, o PM destacou que, apesar dos recursos limitados, a corporação tem atuado em importantes frentes, como as feiras livres.
“As nossas ações se concentram nesses locais porque são onde acontecem o maior número de apreensões e prisões. Nós não agimos pontualmente, mas ocupamos esses espaços para coagir essa prática tão danosa ao meio ambiente”, explicou o capitão.