Obra inacabada da Petrobras causa transtornos para população de Inoã em Maricá
Caminhão já foi 'engolido' por buraco no asfalto
Buracos no chão, pedras soltas, poeira e mais poeira. Esse seria um cenário normal para uma rua sem asfalto, não é mesmo? O problema é que na Alameda B, no Loteamento Chácara de Inoã, em Inoã, Maricá, o cenário é esse, mesmo com a rua ‘asfaltada’. Isso porque, o piso original foi quebrado para passagem de dutos da Petrobras. A empresa até recolocou novo asfalto, mas o material já cedeu, esburacou e só tem causado transtornos para os moradores da região.
Segundo a comunidade, em 2014 foi realizada uma obra para que os dutos do emissário terrestre submarino passassem pelo local.
“Eles quebraram o asfalto antigo e garantiram que seria refeito. No final da obra, eles recapearam tudo, mas não durou muito tempo”, desabafou o auxiliar administrativo Gilmar Soares Silva, de 64 anos.
Pouco tempo depois que o novo asfalto foi colocado, os moradores passaram a conviver com novos problemas na região. Até o esgoto começou a vazar e as casas passaram a ser inundadas em dias de chuvas.
“Isso nunca aconteceu aqui. Agora, quando chove, a gente tem que correr para salvar as coisas. Minha filha teve que fechar a loja que ela tinha aqui, porque com essa obra, até o esgoto tivemos que refazer. Entra água, esgoto, tudo nas nossas casas e comércios. Moro aqui desde 1970 e nunca tive esse problema antes, mas agora acontece tudo”, desabafou a comerciante Regina Célia Silva da Costa, de 62.
Segundo os moradores, até um caminhão já caiu na região. O asfalto cedeu e o caminhão foi ‘engolido’. Outra questão comum por lá são os problemas respiratórios.
“Temos crianças e muitos idosos que estão sofrendo com alergias e problemas para respirar. A poeira ficou insuportável”, explicou Gilmar, que teve com técnicos da Petrobras em abril passado.
“Eles disseram que essa obra constava num seguro deles e que deveria ser refeita. Portanto, até agora, nada foi feito”, finalizou Gilmar.
Um repórter de O SÃO GONÇALO tentou repercutir o problema com a Petrobras, mas até o fechamento desta edição, o órgão não havia se manifestado.