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Morador é assassinado após impedir assalto no Gradim

Onecilio reagiu ao roubo na quarta-feira, mas suspeito foi liberado por falta de provas

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 06 de abril de 2018 - 09:30
Onecilio foi morto a tiros
Onecilio foi morto a tiros -

O auxiliar de serviços gerais Onecilio Correa de Sá, de 42 anos, conhecido como Lóca, foi assassinado a tiros na noite de quarta-feira, no Gradim, em São Gonçalo. O crime aconteceu horas depois dele impedir um assalto no mesmo bairro.

Onecilio estava na casa de um amigo, na Rua Guanabara, quando dois homens armados chegaram num Fiesta prata, por volta das 22h, invadiram a residência e atiraram contra ele. O auxiliar de serviços gerais não resistiu aos ferimentos e morreu sentado no sofá.

“Eu queria ter o poder de entrar ali e levantar ele, porque ele não merecia morrer assim. Tadinho do meu marido. Ele nunca matou, nunca traficou, nunca roubou, nunca fez nada de mal para ninguém. Era um homem honesto, de bem, sempre foi trabalhador, era uma máquina para trabalhar”, desabafou a esposa da vítima, também auxiliar de serviços gerais, de 48 anos.

Policiais da Divisão de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo (DHNISG) foram acionados para realizar perícia técnica e estão investigando o crime. De acordo com a apuração da especializada, durante a tarde de quarta-feira, Onecilio e um amigo presenciaram um assalto e capturaram o ladrão. A polícia foi acionada, mas a vítima teria ido embora e o acusado foi liberado por falta provas.

“Nossa principal linha de investigação está em cima desse assalto que teria antecedido o homicídio. Parece que os autores chegaram perguntando por ele e citando o que havia acontecido. Eram jovens, de bermuda. Vamos apurar agora se os autores eram os assaltantes ou qual a ligação deles com o fato”, explicou a delegada Barbara Lomba, titular da DH.

Onecilio era casado há 23 anos e deixa duas filhas. Aos prantos e muito abalada, a esposa dele lamentou a morte. “Eu perdi meu companheiro, meu parceiro de vida, não sei mais o que vai ser de mim. Nós dois também trabalhávamos juntos num condomínio na Zona Sul do Rio, vivíamos juntos. A marmita dele está lá em casa arrumada, o uniforme, já estava tudo organizado para a gente ir trabalhar hoje (ontem)”, finalizou.

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