Ladrões de carga se juntam ao tráfico por comércio ilegal de produtos
Aliança acontece em Niterói e São Gonçalo
Em meio ao momento positivo por causa prisão de Amâncio Levi Clemente de Moura, o Levi do Bumba, na manhã da última sexta-feira, a secretaria de Segurança volta suas ‘baterias’ para tentar neutralizar a ‘rede paralela’ de distribuição criada por traficantes de drogas da região para abastecer o comércio clandestino que atua nas ruas de São Gonçalo e Niterói, através de cargas de produtos roubados.
Dossiês em poder do alto escalão da área de Segurança Pública no Estado, em intervenção federal de militar desde fevereiro, apontam que traficantes de drogas se associaram a roubos de cargas em grande escala a partir do ano passado. Em SG, essas as ações, segundo investigações da Polícia, são estimuladas por duas das principais lideranças ainda em liberdade na região: Tomas Jhayson Gomes, o 2N, do Salgueiro, e Shumaker Antonácio do Rosário, o Piloto, do Jardim Catarina.
Os dois segundo os setores de Inteligência da Secretaria de Segurança, agindo sob instruções de lideranças do Comando Vermelho (CV) encarceradas em presídios, não apenas organizam as ações, como também as difundem entre aliados de outras comunidades.
Prática - A prática, segundo a polícia, passou a ficar em alta no Grande Rio, após os criminosos perceberem que poderiam obter lucros tão grandes quanto a venda de drogas. Somente no primeiro mês do ano, a Polícia Civil registrou 180 casos de roubo de cargas em SG, uma alta se comparado com janeiro de 2017, que registrou 107 casos. Os militares responsáveis pela intervenção na área de Segurança Pública têm dossiês que apontam também a criação de uma ‘rede’ de negociações entre traficantes e vendedores clandestinos ‘de asfalto’ que atuam no Centro Comercial do Alcântara, Jardim Catarina, e Centro de São Gonçalo. a “roubauto’ também fornece mercadorias para o Centro de Niterói, que para tentar ‘driblar’ a fiscalização, tenta atuar, principalmente à noite.
Em Niterói, enquanto em janeiro de 2017, foram registrados quatro roubos de cargas, no mesmo período de 2018 a polícia já registrou 16 casos, a maioria na região onde estão situadas as comunidades onde o tráfico é comandado por Levi do Bumba.
“Quando descobrem que roubaram algo sem valor comercial, a carga é abandonada ou distribuída gratuitamente nas comunidades. A cerveja, refrigerantes, carne, frutas, hortaliças e ovos, tem a “preferência’ dos ladrões. Embora a cúpula da Secretaria de Segurança comemore a redução dessa modalidade de crime nos últimos três meses, um planejamento operacional especial é mantido em caráter permanente.