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Polícia investiga se milicianos são autores de ataque a delegado de Itaboraí

O caso aconteceu no dia 7 do mês passado

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 03 de julho de 2018 - 07:15
A milícia, que reforçou atuação desde fevereiro em Itaboraí, estaria por trás de atentado a policial
A milícia, que reforçou atuação desde fevereiro em Itaboraí, estaria por trás de atentado a policial -

Além de serem investigados como ‘pivôs’ de uma disputa por territórios com traficantes de drogas em Itaboraí, um grupo de milicianos pode estar também por trás do atentado ao delegado titular da 71ªDP (Itaborai), ocorrido no mês passado naquele município.

O atentado ao policial seria uma represália ao fato de haver uma investigação à milícia, a partir de supostas denúncias chegadas à unidade. E a informação teria ‘vazado’. Agora, quem está coordenando o trabalho de investigação é a Divisão de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo (DHNISG), que já identificou pelo menos um grupo que está agindo na cidade: o ‘Bonde dos Carecas’, que teria entre integrantes policiais militares. Integrantes desse mesmo grupo teriam sequestrado um homem, no último sábado, no bairro de Visconde por suspeitarem que ele tivesse ligações com a venda de drogas. O homem, que seria parente de um traficante, estaria desaparecido.

Segundo informações chegadas à polícia, a partir de fevereiro, os milicianos começaram a se organizar em Itaboraí, em busca de territórios dominados por traficantes de drogas. Além de Visconde, a milícia atuaria também em Nancilândia. Objetivo do grupo seria dominar o Complexo da Reta, um dos maiores ‘redutos’ do Comando Vermelho (CV) no interior fluminense.

Cobrança - Mas nem tudo é sinônimo de segurança para os milicianos, que estariam fazendo extorsões a moradores e comerciantes para manter atividades. As investigações da DHNISG apontam que cada comércio é obrigado a pagar cerca de R$200 semanais, enquanto os moradores entregam R$50 nas mãos do grupo. A venda de gás e de internet também seriam feitos apenas pelo grupo, segundo a polícia.

A disputa entre a milícia e o tráfico também teria provocado a morte de dois homens na Rua Simão Miguel, em Nancilândia, no mês passado. Momentos depois, o Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv) apreendeu um veículo conduzido por um PM que socorria um baleado para um hospital de São Gonçalo, na RJ-104, na altura de Jardim Catarina.

No dia do crime, populares denunciaram que a morte teria ligação com um grupo de milicianos da região. O PM, lotado no 4° BPM (São Cristóvão), conduzia um Logan, de cor cinza, que era clonado. No carona, estava outro homem. Os dois foram presos e são investigados.

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