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Movimento intenso marca últimas compras de Natal no Alcântara, em SG

Comerciantes se dividem quanto à balanço de vendas, mas tem boas expectativas para vendas na véspera

relogio min de leitura | Escrito por Felipe Galeno | 23 de dezembro de 2023 - 14:07
Vendas cresceram nas barracas de rua, mas não foi tão expressiva nas lojas, segundo lojistas
Vendas cresceram nas barracas de rua, mas não foi tão expressiva nas lojas, segundo lojistas -

Há poucos dias para o Natal, é chegado aquele frenético momento que precede a tradicional entrega de presentes: a hora de comprá-los. Enquanto os filmes natalinos de Hollywood retratam a compra dos presentes em paisagens harmoniosas e cheias de neve, para muitos gonçalenses esse momento acontece no meio de muita calor e cercado pelas lonas azuis que compõem a já clássica paisagem da Rua João Caetano, conhecida popularmente como “Rua da Feira”, em Alcântara, São Gonçalo.

Nas manhãs destas sexta (22) e sábado (23), ‘vésperas’ da véspera de Natal, o endereço viu a circulação de pessoas aumentar por lá. A já movimentada rua ficou ainda mais lotada, de acordo com o relato dos ambulantes, vendedores autônomos e lojistas da região, em relato ao O SÃO GONÇALO. O efeito direto dessa movimentação nas vendas, porém, não é consenso entre eles.


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O número de vendas de itens para presente de Natal só foi crescer significativamente nos últimos dias antes do tradicional feriado, segundo os vendedores. De acordo com a vendedora Josilaine Vargas, de 38 anos, não há nada de comum nessa atenção tardia às vendas de Natal.

Imagem ilustrativa da imagem Movimento intenso marca últimas compras de Natal no Alcântara, em SG

“Por enquanto está bom o movimento. Essa última semana deu uma ‘melhoradazinha’. As pessoas deixam para a última hora, como sempre. Um calor desses e o pessoal deixa para comprar as coisas na última hora. Mas é assim mesmo; bem vindo à Rua da Feira. Aqui não muda não; sempre tem movimento, sempre vem gente de fora, de outros lugares”, conta a vendedora, que trabalha em uma barraca que vende roupas.

Os vendedores mais novos nesse universo concordam, como é o caso de Igor Fernandes, de 19 anos. Ele conta que, mesmo com um clima mais ameno nas vendas ao longo do ano, esse crescimento dos últimos dias tem ajudado a fazer as vendas ‘rajarem’, como define a movimentação de Natal. “Gonçalense é tudo atrasado mesmo, então até que está vendendo bem. Esse ano foi um pouco parado no geral, mas nós estamos ‘rajando’ mesmo assim esses dias”, afirma o jovem.

Imagem ilustrativa da imagem Movimento intenso marca últimas compras de Natal no Alcântara, em SG

Fora das barracas, as vendas não têm sido tão frequentes assim. As lojas de roupa na calçada da Rua da Feira, geralmente escondidas pelas barracas e produtos dos camelôs, tem sentido o aumento no número de clientes circulando, mas visto pouco efeito disso nos números.

“As pessoas estão pechinchando bastante o preço. Estão entrando muitos ‘caroços’; clientes que só entram, olham e não compram nada. Está parecendo até janeiro”, relata a vendedora de uma loja no meio da Rua João Caetano, que preferiu não se identificar.

Uma colega da mesma loja, que também preferiu preservar o sigilo de sua identidade e da loja onde trabalham, atribui esse efeito a questões de mercado e à competitividade com os comerciantes de rua.

“O custo do mercado aumentou mais e, por isso, o pessoal está dando preferência a outras coisas: a uma cerveja, a tomar um gelinho. As pessoas acabam indo mais na rua mesmo, nos camelôs. A rua está bem movimentada, e nas lojas que não têm tido esse mesmo movimento. As pessoas estão querendo muita promoção, entram querendo preços como os ‘da rua’, mas esse mês não tem como”, explica a vendedora.

Imagem ilustrativa da imagem Movimento intenso marca últimas compras de Natal no Alcântara, em SG

Alguns clientes têm saído meio chateados com os preços mesmos nas barraquinhas da rua. 

Imagem ilustrativa da imagem Movimento intenso marca últimas compras de Natal no Alcântara, em SG

Mas não tem jeito; mesmo com as crises, o período de festas ressalta o apelo comercial da Rua da Feira, que mantém muitos fiéis mesmo com as mudanças do mercado. Alguns, vindos dos municípios vizinhos, a visitam religiosamente nessa época, por ainda considerarem a mistura de lojas e barraquinhas de produtos variados a combinação perfeita para os presentes de Natal. Nilza Diniz, de 62 anos, moradora de Itaboraí, é uma dessas admiradoras da animada via no Alcântara.

“Até que deu para comprar presente para todo mundo, porque os precinhos estão em conta. Na Rua da Feira, você sempre encontra umas coisa mais baratinhas. O Alcântara é um furdúncio, mas tem tudo que você quer. Você resolve logo tudo aqui, acha tudinho. Eu adoro”, celebra a senhora, entre a compra de um presente e outro.

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