Niteroiense cria exposição que apresenta uma deriva tecnológica pelas histórias, sons e culturas do mundo
“Deriva 01” já passou por 12 países e chega ao Brasil, no Museu de Arte Contemporânea de Niterói
Qual a relação entre a migração humana e as histórias cotidianas no mundo hoje? Qual a sua parte nessa história? Uma experiência de arte e tecnologia propõe essa reflexão para um público de todas as idades. O Projeto Transeuntis Mundi está de volta ao Museu de Arte Contemporânea de Niterói, agora em exposição solo no Salão Principal e também online. A partir do dia 05 de agosto, a exposição Transeuntis Mundi Deriva 01 apresentará uma reflexão sobre as migrações milenares e a transculturalidade, através de cenas, paisagens, sons e histórias cotidianas de 4 países de 4 continentes - o que os criadores chamam de “histórias mínimas”. Dessa forma, o trabalho propõe uma reflexão sobre legado, identidade e ancestralidade.
A exposição acontece no MAC e no metaverso - Deriva 01 contém obras de realidade virtual, realidade aumentada, fotografia, instalação sonora, projeções, poesia, performance, e mais. O salão principal do MAC se tornará um grande cenário de realidade virtual. A instalação é imersiva e interativa, de forma que o participante decide sua viagem, a duração e em qual história se focar. O visitante pode visitar também a instalação de forma online, através do site do museu – e conhecer a Web Derive 01. Duas obras que dialogam e se completam. Recomenda-se o uso de fones de ouvido para uma imersão total em casa também.
Criado em 2018, o Projeto Transeuntis Mundi propõe capturar a memória sonora e visual de povos, expressões culturais e lugares para contar artisticamente a história dos milenares transeuntes que vêm cruzando o mundo. A obra está em constante construção (ano que vem chega a Deriva 02). A expressão transeuntis mundi vem do latim, a língua franca da expansão da cultura ocidental. Personifica o ser humano que embarcou na aventura de descobrir e explorar o mundo. Mais de 10.000 pessoas já puderam conhecer o projeto, que já esteve em exposição em mais de 12 países.
Os artistas criadores da exposição são a niteroiense Cândida Borges e o colombiano Gabriel Mario Vélez, ambos artistas, acadêmicos e doutores em artes, com extensa carreira internacional.
Sobre o Projeto
Transeuntis Mundi foi lançado na Feira Internacional do Livro e da Cultura, na Colômbia, em 2019, e já passou por festivais, museus e galerias em vários países como Inglaterra, EUA, Portugal e China. Foi nomeado ao Prêmio Lumen em 2022 (um dos prêmios mais importantes de arte e tecnologia), ano em que também recebeu o prêmio de Inovação do jornal americano Tribuna de Los Angeles. Recentemente, foi nomeado a outro prêmio inglês, o Prêmio “Sound of the Year” (som do ano) para melhor composição de sonoridades cotidianas. Depois de Niterói, a exposição segue para Nova York, em setembro, depois Colômbia e Londres, em outubro.
“Estamos celebrando cinco anos de migração e criação esse ano, e não podia ser melhor festa do que expor no MAC nossa maior coleção de obras”, celebra a artista Cândida Borges. Cândida cresceu em Niterói, dedicando-se ao estudo da música.
A abertura no dia 5 de agosto apresentará um concerto-performance, com instalação sonora e obras de compositores de 4 continentes, após uma mesa-redonda com artistas e convidados, que discutirão a relação entre a migração e as artes.
Essa exposição no MAC é realizada pela Criarte Casa de Arte e Cultura e Rapsódia Empreendimentos Culturais, com o apoio da Lei municipal de Cultura na cidade de Niterói. O projeto conta com o apoio à pesquisa e arte da Universidade de Antioquia (Colômbia), do Complexo Hospitalar de Niterói (CHN), que faz parte da Dasa, maior rede de saúde integrada do Brasil, do projeto Music Not Impossible, e da empresa Zoom US. Agradecimentos especiais ao MAC, à Prefeitura de Niterói e Fundação de Arte de Niterói. Apesar de distantes da pandemia, a exposição segue protocolos de biossegurança.