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"Aulão do Bem" chega a Niterói: iniciativa promove aula de ballet solidário

O evento será realizado em Niterói, na escola de ballet Cláudia Araújo, neste sábado (2), às 14h

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 02 de setembro de 2023 - 10:00
Todos os meses, diversos alunos se reúnem em um aulão de ballet solidário, que circula por escolas de dança cariocas
Todos os meses, diversos alunos se reúnem em um aulão de ballet solidário, que circula por escolas de dança cariocas -

Mulheres com mais de 60 anos, jovens e também crianças, tem se reunido em um movimento que une a paixão pela dança, com o desejo de ajudar ao próximo. É o 'Aulão do Bem', uma iniciativa de Lu Fernandez, responsável pela página de Instagram @balletaos60. Todos os meses, diversos alunos se reúnem em um aulão de ballet solidário, que circula por escolas de dança cariocas.

No mês de setembro será a vez de Niterói receber a iniciativa, neste sábado (2), às 14h, na escola de ballet Cláudia Araújo. Para entrar basta levar duas latas de leite em pó, que serão doadas ao Instituto 'Bees Of Love e ao CACCST'. Há limitação de vagas. 

Com aulas ministradas pelas professoras Cláudia Freitas e Mirian Lobo, esta edição contará com piano ao vivo, ao som de Murilo Emerenciano, pianista do Coro do Theatro Municipal do Rio. A iniciativa teve o intuito de combater o etarismo, incentivando mulheres maduras a iniciarem a prática do ballet na fase adulta, mas, pessoas de diferentes idades "compraram" a causa, e hoje, dividem a barra da sala de aula, criando um intercâmbio entre bailarinos de diferentes idades, para aplacar a discriminação etária.


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Lu Fernandez começou a dançar ballet ao completar 60 anos e logo lançou sua página @balletaos60, que tem apenas 1 ano de existência, mas já movimenta um grande público. Ela conta que tem sido motivada a persistir, melhorando sempre sua técnica, e a cada dia conquista novos seguidores, que veem em seu perfil um incentivo a não desistir de seus sonhos, seja qual for a idade.

Na última edição, o evento recebeu uma bailarina de Barra do Piraí, que veio especialmente para prestigiar e se unir ao grupo. O movimento também tem ganhado apoiadores brasileiros que moram no exterior e se propõe a levar a mensagem de que se pode vencer obstáculos tanto no ballet como na vida.

 “Precisamos quebrar os estereótipos de grupos etários, e incentivar que toda e qualquer pessoa possa dar seguimento a qualquer atividade, seja qual for a sua idade. Existem tantas coisas que nos paralisam. Mas, a idade não pode nos limitar. Desejo reunir nesta aula pessoas maduras, além de todas as apaixonadas pela dança”, contou Lu Fernandez.

Lu ainda comenta sobre a importância de a sociedade precisar quebrar paradigmas que possam ajudar o público 60 mais a sair da invisibilidade, se colocando no mercado de trabalho, em grupos sociais, e na prática de atividades de saúde e bem estar.

"Muita gente se aposenta e fica sem norte sobre o que fazer, ou quem ser após o encerramento das atividades corriqueiras da profissão. Mas é justamente neste momento que é oportuno tirar os sonhos não realizados da gaveta, e colocá-los em prática, realizar. Que possamos viver da melhor forma, toda nossa vida, sem pensar na idade”, afirmou. 

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