"Aulão do Bem" chega a Niterói: iniciativa promove aula de ballet solidário
O evento será realizado em Niterói, na escola de ballet Cláudia Araújo, neste sábado (2), às 14h
Mulheres com mais de 60 anos, jovens e também crianças, tem se reunido em um movimento que une a paixão pela dança, com o desejo de ajudar ao próximo. É o 'Aulão do Bem', uma iniciativa de Lu Fernandez, responsável pela página de Instagram @balletaos60. Todos os meses, diversos alunos se reúnem em um aulão de ballet solidário, que circula por escolas de dança cariocas.
No mês de setembro será a vez de Niterói receber a iniciativa, neste sábado (2), às 14h, na escola de ballet Cláudia Araújo. Para entrar basta levar duas latas de leite em pó, que serão doadas ao Instituto 'Bees Of Love e ao CACCST'. Há limitação de vagas.
Com aulas ministradas pelas professoras Cláudia Freitas e Mirian Lobo, esta edição contará com piano ao vivo, ao som de Murilo Emerenciano, pianista do Coro do Theatro Municipal do Rio. A iniciativa teve o intuito de combater o etarismo, incentivando mulheres maduras a iniciarem a prática do ballet na fase adulta, mas, pessoas de diferentes idades "compraram" a causa, e hoje, dividem a barra da sala de aula, criando um intercâmbio entre bailarinos de diferentes idades, para aplacar a discriminação etária.
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Lu Fernandez começou a dançar ballet ao completar 60 anos e logo lançou sua página @balletaos60, que tem apenas 1 ano de existência, mas já movimenta um grande público. Ela conta que tem sido motivada a persistir, melhorando sempre sua técnica, e a cada dia conquista novos seguidores, que veem em seu perfil um incentivo a não desistir de seus sonhos, seja qual for a idade.
Na última edição, o evento recebeu uma bailarina de Barra do Piraí, que veio especialmente para prestigiar e se unir ao grupo. O movimento também tem ganhado apoiadores brasileiros que moram no exterior e se propõe a levar a mensagem de que se pode vencer obstáculos tanto no ballet como na vida.
“Precisamos quebrar os estereótipos de grupos etários, e incentivar que toda e qualquer pessoa possa dar seguimento a qualquer atividade, seja qual for a sua idade. Existem tantas coisas que nos paralisam. Mas, a idade não pode nos limitar. Desejo reunir nesta aula pessoas maduras, além de todas as apaixonadas pela dança”, contou Lu Fernandez.
Lu ainda comenta sobre a importância de a sociedade precisar quebrar paradigmas que possam ajudar o público 60 mais a sair da invisibilidade, se colocando no mercado de trabalho, em grupos sociais, e na prática de atividades de saúde e bem estar.
"Muita gente se aposenta e fica sem norte sobre o que fazer, ou quem ser após o encerramento das atividades corriqueiras da profissão. Mas é justamente neste momento que é oportuno tirar os sonhos não realizados da gaveta, e colocá-los em prática, realizar. Que possamos viver da melhor forma, toda nossa vida, sem pensar na idade”, afirmou.