Instagram Facebook Twitter Whatsapp
Dólar R$ 5,5924 | Euro R$ 6,1992
Search

Prêmio Jabuti 2023: conheça o poeta vencedor do 'Livro do Ano'

Cerimônia aconteceu no Theatro Municipal de são Paulo, nessa terça-feira (5)

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 06 de dezembro de 2023 - 08:27
Fabrício Corsaletti
Fabrício Corsaletti -

A 65ª edição do Prêmio Jabuti 2023, a mais aguardada cerimônia de premiação do livro brasileiro, teve como vencedor na categoria Livro do Ano, o poeta paulista Fabrício Corsaletti, autor de 'Engenheiro Fantasma'. A cerimônia aconteceu no Theatro Municipal de São Paulo. 

Na nova categoria do Jabuti, Escritor Estreante, foi o livro Extremo oeste, de Paulo Fehlauer (Cepe Editora) o vencedor. Na categoria Fomento à leitura, quem venceu foi o Álbum Guerreiras da Ancestralidade do Mulherio das Letras Indígenas.

Entre outros vencedores da noite, estão nomes como Marcelo D’Salete (HQ), João Gilberto Noll (Conto) e Ruy Castro (Romance literário). Veja a lista completa abaixo.

Literatura

Conto: Educação Natural: textos póstumos e inéditos, de João Gilberto Noll (Record)

Crônica: Por quem as panelas batem, Antonio Prata (Companhia das Letras)

HQ: Mukanda Tiodora, Marcelo D’Salete (Veneta)

Infantil: Doçura, Anna Cunha e Emília Nuñez (Tibi)

Juvenil: Óculos de cor, de Lilia Moritz Schwarcz e Suzane Lopes (Companhia das Letrinhas)

Poesia: Engenheiro fantasma, Fabricio Corsaletti (Companhia das Letras)

Romance de entretenimento: Dentro do nosso silêncio, de Karine Asth (Bestiário)

Romance literário: Os perigos do imperador, de Ruy Castro (Companhia das Letras)

Não ficção

Artes: Walter Firmo: No verbo do silêncio a síntese do grito, de Sérgio Burgi (IMS)

Biografia e reportagem: Poder camuflado, de Fabio Victor (Companhia das Letras)

Ciências: Emergência climática, de Matthew Shirts (Claro Enigma / Companhia das Letras)

Ciências humanas: Humanamente digital: Inteligência artificial centrada no humano, de Cassio Pantaleone (Unitá Educacional)

Ciências sociais: Limites da democracia: De junho de 2013 ao governo Bolsonaro (Todavia)

Economia criativa: Receitas do favela orgânica, de Regina Tchelly (Editora Senac)

Produção editorial

Capa: Mensagem, capista: Flavia Castanheira (Todavia)

Ilustração: A notável história do Homem-listrado, ilustradora: Fayga Ostrower (Edufrn)

Projeto gráfico: Expresso 2222, responsáveis: Ana Oliveira e Paulo Chagas (Iya Omin Produções)

Tradução: Finnegans Rivolta, tradutores: Dirce Waltrick do Amarante e Coletivo Finnegans (Iluminuras)

Inovação

Escritor estreante: Extremo oeste, de Paulo Fehlauer (Cepe Editora)

Fomento à leitura: Álbum Guerreiras da Ancestralidade do Mulherio das Letras Indígenas, de Evanir de Oliveira Pinheiro

Livro brasileiro publicado no exterior: Marrom e amarelo, de Paulo Scott (Alfaguara e And Other Stories)

Cerimônia aconteceu no Theatro Municipal
Cerimônia aconteceu no Theatro Municipal |  Foto: Divulgação/Talita Facchini /PublishNews

A cerimônia

A cerimônia foi apresentada pelo casal Sandra Annenberg e Ernesto Paglia – que brincaram no palco com o fato desta ser a primeira vez que apresentavam um evento juntos, depois de 30 anos casados. A condução levou a cerimônia de maneira leve e descontraída, com espaço para pequenos improvisos e risadas do público – mesmo assim, a cerimônia durou cerca de duas horas e meia.

Em cada uma das 21 categorias, um vídeo apresentava os nomes dos três jurados e juradas e os títulos dos cinco finalistas. Após o anúncio do vencedor(a), o autor ou autora (ou um representante) subia ao palco, cumprimentava os apresentadores e quem estava no palco para entregar as estatuetas. Uma foto era tirada e a próxima categoria se iniciava. Uma curta intervenção teatral também foi realizada antes da homenagem a Pedro Bandeira.

Entre as demais novidades anunciadas no evento está a revelada pela secretária de gestão do Ministério da Educação, Anita Gea Martinez Stefani, de que a Política Nacional de Leitura e Escrita (Lei 13.696/2018) será regulamentada pelo Governo Federal ainda em 2023.

Homenagem

Pedro Bandeira foi homenageado como Personalidade Literária de 2023. Uma cena especial do espetáculo "O Fantástico Mistério de Feiurinha", baseado no livro do autor, foi apresentada durante a cerimônia.

“É um prazer fazer parte do povo do livro, que sempre está olhando para o futuro. Quero dividir esse prêmio com todos os meus colegas, inclusive aqueles que já se foram. Por Monteiro Lobato, Tatiana Belinky, Ganymédes José, Stella Carr, Edy Lima e Odete Barros Mott. Depois de Ruth Rocha, tenho a grande honra de receber essa homenagem. Nós, autores de literatura infantil, estamos lutando para ter mais bons leitores adultos. Faremos uma geração de leitores poderosa e informada. Viva os leitores de literatura infantil”, disse.

A cerimônia, transmitida ao vivo pelo segundo ano consecutivo no TikTok @premiojabuti e no canal do YouTube da CBL, está disponível no link.

Quem é o autor do Livro do Ano 2023

Fabrício Corsaletti, nascido em Santo Anastácio, São Paulo, em 1978, e residente na capital desde 1997, é o autor de "Engenheiro Fantasma", destacando-se no cenário literário brasileiro. Com mais de vinte livros publicados, incluindo "Esquimó", "Perambule" e "Poemas com macarrão", Corsaletti é agora reconhecido pelo Prêmio Jabuti.

Formado em Letras pela USP, escreveu letras para a banda de Rock Barra Mundo e já foi editor da revista de poesia “Ácaro”.

Sinopse de “Engenheiro Fantasma”

Imagem ilustrativa da imagem Prêmio Jabuti 2023: conheça o poeta vencedor do 'Livro do Ano'

Na obra vencedora da premiação, Fabrício Corsaletti se imagina na pele de Bob Dylan numa suposta temporada passada na Argentina.

Apaixonados, engraçados, melancólicos, filosóficos e delirantes, os 56 sonetos deste Engenheiro fantasma configuram uma experiência singular no panorama da poesia brasileira. Neles, Fabrício Corsaletti veste a máscara de Bob Dylan e narra uma temporada de exílio voluntário que o genial letrista norte-americano teria supostamente vivido em Buenos Aires em algum período não-especificado deste século.

Bairros, bares, cafés, lojas, museus e uma profusão de personagens surgem e desaparecem como num truque de mágica ao longo dos 784 versos talhados com precisão de mestre. Há referências, claro, à poesia do compositor de "All Along the Watchtower", mas menos do que se poderia supor. O que ocorre, de fato, é uma surpreendente mescla da voz dos dois poetas, gerando uma terceira – a que registra essas aventuras portenhas desde já inesquecíveis.


*Com informações do Publishnews

Matérias Relacionadas