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Coletivo Escritoras Vivas lança coleção de livros em São Gonçalo

Box terá quatro livros, entre poesia e prosa, sobre o universo literário e feminino

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 30 de abril de 2024 - 09:21
Participantes do projeto Coletivo Escritoras Vivas
Participantes do projeto Coletivo Escritoras Vivas -

O Coletivo Escritoras Vivas encerra neste mês de abril a pré-venda de seu primeiro lançamento editorial: a coleção ‘Como construir um coletivo de escritoras’.  Com um compromisso com a expressão feminina e a diversidade de vozes, o coletivo reúne, nesta coleção, quatro livros, entre poesia e prosa. São eles ‘Criatura dentada’, de Suzane Veiga; Há tempos que escrevo para sobreviver’, de Yonara Costa; ‘Bloco de Notas’, de Cyntia Fonseca; além do livro-guia Como construir um coletivo de escritoras.

Longe de ser um manual ou livro de receitas, ‘Como construir um coletivo de escritoras’ é um convite para o universo dos coletivos, um espaço de colaboração e crescimento mútuo que pode transformar não apenas a maneira como as mulheres escrevem, mas também como se conectam com outras mulheres na literatura.

As demais obras contém 20 poemas de cada uma das autoras que iniciaram o projeto, totalizando 60 textos inéditos. Os poemas têm como temas assuntos relevantes dos universos feminino e feminista como maternidade, mercado de trabalho, empreendedorismo, violência, além de versar sobre a própria literatura e a escrita criativa.


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“Estou muito feliz em parte dessa coleção que surpreende pela originalidade, pela qualidade dos textos e pela ousadia dos versos. Garanto que quem ler terá uma experiência única que mistura vertigem, desejo e desassossego, pertinho do coração selvagem das palavras”, comenta Suzane Veiga.

“Estamos entusiasmadas em compartilhar este trabalho feito a muitas mãos. Cada página é um testemunho da resiliência e da dedicação de nós, mulheres das letras, em querer fazer sempre mais e melhor”, acrescenta Cyntia Fonseca.

A professora e analista de educação Yonara Costa completa o coro: “Imagine reunir mulheres potentes que, juntas, evocam um turbilhão de ideias? O céu é o limite!”.

Esta será a primeira publicação do coletivo em parceria com a editora Mapa das Letras. O valor da coleção com os quatro livros é R$ 40,00, com vantagens na pré-venda, como um brinde exclusivo, dedicatória personalizada das autoras e participação em sorteios. A pré-venda do livro está disponível no site da editora: https://mapadasletras.com.br/pre-venda-5/.

O Coletivo Escritoras Vivas celebrou, em janeiro deste ano, seu terceiro aniversário, com um encontro no Empório Vírgula, no Boaçu, São Gonçalo. Entre as principais novidades para 2024, além da parceria com o projeto Mapa das Letras (editora e portal de conteúdo literário), as mais de 40 escritoras mantêm encontros da iniciativa nacional Leia Mulheres (@leiamulheressg) e colunas literárias periódicas no site, além de outras ações pontuais.

Sobre o Coletivo Escritoras Vivas:

O Coletivo Escritoras Vivas é uma comunidade de mulheres escritoras baseada em São Gonçalo, Rio de Janeiro. Fundado com o objetivo de promover a expressão feminina na literatura e amplificar as vozes das mulheres, o Coletivo celebra a diversidade, a criatividade e a resiliência através de suas obras. Tudo começou em 2021, com oficinas de escrita gratuitas, realizadas por meio do edital federal Aldir Blanc, que resultaram no livro ‘Escritoras Vivas: coletivo de autoras gonçalenses’, disponível na Amazon e nas redes sociais do coletivo.

Trechos dos livros:

“Hanna Arendt disse que a educação é o ponto em que resolvemos assumir ou não responsabilidade sobre o mundo. Quem são as pessoas que assumem essa responsabilidade?

Onde cabe o mundo? Para nós, mosqueteiras (defensoras da rainha Literatura), o mundo cabe em São Gonçalo, cidade metropolitana do estado do Rio de Janeiro.” — Como construir um coletivo de escritoras.


[Pro](cretin{ação)]

Escrevo para fugir

do ponteiro

que assombra

a paz do refrigério

escondido

subterfúgio,

procrastinação.

Escrevo contra os

prazos que

circundam

a paz da liberdade

de se escrever

o que se quer

para escrever

o que se deve [...]” — Cyntia Fonseca


Penélope sabia

minha mãe uma vez me disse:

vai aparecer alguém especial na tua vida

e esperei esse dia encantado

lambendo contos de fada

Veja, meu bem, Ulisses não veio

Ficou à deriva na terra de Ítaca

Ficou à deriva no mar, em outras ilhas

Foi se aventurar em outras teias

Em outras tetas, em outras miragens” — Suzane Veiga


“Aonde você pensa que vai

com esses olhos cheios de pergunta

e essa boca sem resposta?

Onde guardaram seus desejos?

Por onde caminham seus pensamentos?

Quem é você que canta para não chorar

E inventa histórias para sobreviver?

O mar partiu

O rio virou lama

E a sua esperança não usava escafandro

Era uma vez você”. — Yonara Costa

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