Coletivo de escritoras em SG convida para lançamento e sarau no dia 17 de agosto
Em atividade oficialmente desde 2021, o coletivo Escritoras Vivas tem o objetivo de promover a expressão feminina na literatura e amplificar as vozes das mulheres em São Gonçalo e região
A primeira Coleção de poesia do coletivo Escritoras Vivas já tem data e local de lançamento: 17 de agosto, às 17h, no Empório Vírgula, em São Gonçalo. Esta é a primeira publicação do coletivo em parceria com a editora Mapa das Letras. Os três livros, das autoras Cyntia Fonseca, Suzane Veiga e Yonara Costa somam 60 poemas inéditos, com assuntos que versam sobre os universos feminino e feminista como maternidade, mercado de trabalho, empreendedorismo, violência, além da própria literatura e a escrita criativa.
"Este é mais um passo no trabalho que começou lá entre 2016 e 2017, com o grupo de leitura Escritores Vivos. A Yonara percebeu que entrevistava mais autores do que autoras e teve a ideia do coletivo Escritoras Vivas, que se tornou realidade em plena pandemia, em 2021. Desde então, foram realizadas oficinas, parcerias, diversas ações, muitas mulheres lançaram livros. E de repente, percebemos que tínhamos textos na gaveta, mas sem publicar porque estávamos nos dedicando a outros trabalhos", resume a jornalista Cyntia Fonseca.
Foi quando surgiu a ideia, também coletiva, de lançar a coleção de poesia das três fundadoras do movimento. Mais do que realização pessoal, elas acreditam que o ativismo e o empreendedorismo literários são caminhos para a mudança na realidade de muitas mulheres.
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"No videocast que gravamos falamos sobre isso, sobre o historicídio, sobre como as mulheres sofreram apagamento de seus feitos e suas produções literárias ao longo do tempo. Há pouco ou nada de registro de produções femininas no início do século em São Gonçalo, por exemplo. Não porque não tivessem mulheres trabalhando e escrevendo, mas porque ficavam sempre em segundo plano, à sombra de homens ou sob assinatura de pseudônimos. Então, a proposta é seguir na contramão desse apagamento. A gente tem um coletivo forte, diverso, de mulheres que produzem muito e que são protagonistas da própria história. Lançar livros escritos, editados e publicados por mulheres é mais um passo nesse caminho contra o apagamento", acrescenta.
O Coletivo Escritoras Vivas completou, em janeiro, seu terceiro aniversário. Entre as principais novidades de 2024, além da parceria com o projeto Mapa das Letras (editora e portal de conteúdo literário), as mais de 40 escritoras mantêm encontros da iniciativa nacional Leia Mulheres (@leiamulheressg) e colunas literárias periódicas no site, além de outras ações pontuais.
Fundado com o objetivo de promover a expressão feminina na literatura e amplificar as vozes das mulheres, o Coletivo celebra a diversidade, a criatividade e a resiliência através de suas obras. Tudo começou em 2021, com oficinas de escrita gratuitas, realizadas por meio do edital federal Aldir Blanc, que resultaram no livro ‘Escritoras Vivas: coletivo de autoras gonçalenses’, disponível na Amazon e nas redes sociais do coletivo.
Para reservar a coleção de poesia Escritoras Vivas para entrega via correios ou pegar no dia do lançamento, basta entrar em contato no WhatsApp (21) 9 8085-9575 ou pelo site mapadasletras.com.br.
Videocast
Com previsão de ir ao ar em agosto, o Videocast 'Escritoras Vivas: a escrita para empoderar estudantes em São Gonçalo' ficará disponível no Youtube. São três episódios, em que as escritoras conversam sobre a presença (ou ausência) da mulher na literatura e no jornalismo ao longo da História, a importância da literatura como ferramenta de empoderamento nas escolas e como o trabalho do coletivo tem atuado na cidade em prol da escrita de autoria feminina.
A gravação aconteceu no Espaço PodTr3s (@podtr3s), no São Gonçalo Shopping e contou com a parceria da maquiadora Lohany Nogueira (@lohanynogbeauty) e do Empório Vírgula (@emporio.virgula).
A realização do videocast foi possível graças à Lei Paulo Gustavo (LPG). Em São Gonçalo, a Lei Paulo Gustavo destinou mais de R$ 7,5 milhões de reais para contemplar artistas, produtores e fazedores de cultura gonçalenses.
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