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Flim 2024 chega ao fim com recorde de público em Maricá

Festa recebeu mais de 40 mil visitantes neste sábado

relogio min de leitura | Escrito por Felipe Galeno | 10 de novembro de 2024 - 16:43
Programação termina neste domingo (10), com show de Geraldo Azevedo às 20h
Programação termina neste domingo (10), com show de Geraldo Azevedo às 20h -

Termina neste domingo (10), a 9ª Festa Literária Internacional de Maricá, maior edição do evento. Mesmo antes de chegar ao fim e aos números de público total, a edição de 2024 já marca um recorde para a feira; neste sábado (09), a Flim recebeu mais de 40 mil pessoas e ultrapassou 200 mil visitantes ao longo de todo o evento até o momento. A programação, que acontece na Orla do Parque Nanci, se encerra com um show do pernambucano Geraldo Azevedo às 20h.

O sucesso de público se refletiu na venda de livros durante o evento. De acordo coma Prefeitura de Maricá, só entre a abertura da edição, no dia 1º de novembro, e a última quinta 907), 305 mil exemplares foram vendidos entre os estandes de editoras na Tenda Flim e os da Flimzinha, que traz publicações dedicadas ao público infantil. O espaço dedicado aos pequenos foi o diferencial da edição, na opinião de boa parte dos maricaenses que visitaram a Festa.


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“Acho muito importante a Prefeitura ter essa iniciativa de promover um evento tão grande, com tantas atividades, e aproximar as crianças cada vez mais do mundo da leitura, que é um mundo fascinante. Hoje, com a tecnologia elas acabam muito afastadas”, destaca Glória Passos, de 43 anos, que mora na região e é mãe de duas alunas da rede municipal. 

Só na primeira semana de evento foram 305 mil exemplares de livros vendidos
Só na primeira semana de evento foram 305 mil exemplares de livros vendidos |  Foto: Layla Mussi

Os estudantes da rede pública compareceram em peso em todos os dias de evento. Assim como profissionais de Educação da rede e participantes do Programa Passaporte Universitário, eles receberam o voucher Mumbuca Literária, com 200 reais para cada um gastar em livros.

Exposições chamam a atenção do público

Além das tendas de livros, outros espaços que atraíram a atenção dos visitantes foram os de exposição. Um deles, batizado “Imersão Flim”, ocupou uma tenda inteira no centro do evento. Através de recursos audiovisuais, a exposição propõe uma experiência audiovisual de imersão nas origens históricas da população e do território de Maricá.

“Esse espaço foi pensado para contar e resgatar a história de Maricá, com pertencimento e territorialidade, que é o conceito do evento deste ano: ‘a nossa história, a gente escreve aqui’. Essa é uma vivência tanto para os moradores da cidade, quanto para as pessoas que talvez não tenham dimensão dessa história”, destacou a subsecretária de Comunicação Amanda Pereira, que esteve entre as responsáveis por idealizar a exposição.

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Outra exposição que movimentou visitantes ficava logo ao lado dos estandes de livro na Tenda Flim: a “Heróis Quilombolas”. A mostra, inédita no Rio, traz 52 esculturas em fibra de vidro e em tamanho natural inspiradas em gravuras do período da escravidão e nas histórias de personagens históricos que lutaram pela resistência do povo negro.

As esculturas foram iniciadas em 1998, pelo escultor Guilhermino Pinto, e concluídas dez anos depois pelo artista plástico Jonas Conceição. Além das reproduções artísticas das injustiças do período de escravização no Brasil, a mostra também objetos de suplício usados para torturar negros no período. Os itens fazem parte da coleção do escritor Maciel de Aguiar e a exposição recebe apoio do África-Brasil Museu Intercontinental, do Espírito Santo. 

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“Terminamos a exposição falando da lei de Rui Barbosa, de 1840, que estabelece que todas essas peças de suplício fossem apagadas, queimadas. Nós não temos muito registro e por isso as pessoas ficam sem ter a informação. Nosso objetivo aqui é [fazer] uma aula de história in loco. Uma coisa é você ler; outra coisa é você chegar aqui e perceber como eram feitas todas as torturas, saber que existiram muitos heróis quilombolas que são desconhecidos da grande maioria. É necessário fazer o debate, discutirmos sobre o assunto para que a gente possa diminuir o racismo na nossa sociedade”, enfatiza o curador da exposição, Adriano Queiroz.

A Flim chega ao fim neste domingo (10), após o show de Geraldo Azevedo às 20h. antes, às 17h, Conceição Evaristo, MV Bill, Estevão Ribeiro e André Rangel participam de uma roda literária no palco do Papo Flim. A entrada no evento é gratuita.

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