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Gonçalense que emocionou Jacquin fala sobre experiência no MasterChef Confeitaria

De pensão no Alcântara a formação em Paris, Patrick Cavegn relembra trajetória

relogio min de leitura | Escrito por Felipe Galeno | 17 de dezembro de 2024 - 18:00
Dono da Oui Oui, confeiteiro teve carreira alavancada após participação em reality
Dono da Oui Oui, confeiteiro teve carreira alavancada após participação em reality -

Quem experimentou algum dos pratos feitos pelo jovem Patrick Cavegn em uma pequena pensão no Alcântara, em São Gonçalo, há pouco mais de dez anos, provavelmente não imaginaria que o gonçalense um dia se tornaria um dos nomes de destaque na cena da confeitaria nacional. O chef, que começou a trabalhar com cozinha para comprar peças de skate, hoje é dono de sua própria confeitaria, já trabalhou na França e acaba de voltar de uma breve, mas memorável passagem pelo reality Masterchef Confeitaria, da Band.

Natural de São Gonçalo e morador de Niterói, Patrick foi um dos personagens mais marcantes da primeira temporada do reality, que chega ao fim no próximo dia 19. Apesar da eliminação no sexto episódio, o gonçalense foi vencedor da primeira prova da competição e protagonizou um momento de comoção em sua despedida, após o chef Érick Jacquin e outros participantes se emocionarem na hora da avaliação de seu último prato.


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“A prova estava fluindo, estava tudo bem, mas infelizmente a massa choux que eu estava fazendo não assou direito. Aí não tinha o que entregar. Então, eu decidi não entregar nada, já que a choux, que era o principal, eu não consegui. Quando estava levando o prato, achei que ia levar um esporro e ir para casa. Não esperava, de verdade, que todo mundo fosse se emocionar”, conta o confeiteiro, de 28 anos.

Ao invés da reclamação por não entregar a sobremesa "Contra o Tempo", Patrick recebeu alguns conselhos sobre não desistir e viu Jacquin derramar algumas lágrimas, assim como os colegas participantes Digo e Well. “Eu também vou chorar agora. É muito triste, mas, na vida, a gente nunca pode abaixar os braços. Nunca”, disse Jacquin para o confeiteiro.

Morador de Niterói, confeiteiro vive nova fase na carreira
Morador de Niterói, confeiteiro vive nova fase na carreira |  Foto: Enzo Britto

O momento chamou a atenção dos espectadores e levou vários internautas a procurarem Patrick para compartilhar a emoção provocada pelo episódio. “Nas redes sociais a galera chega, todo dia, com mensagens contando que choraram muito vendo o episódio. Recebi mensagem de gente falando: ‘eu ia desistir da vida, pensando em tirar minha vida, mas depois que vi o episódio aprendi que a gente não pode desistir’. Conseguir ajudar, mesmo indiretamente, outras pessoas a não desistirem é gratificante”, conta o gonçalense.

Toda essa repercussão é uma experiência que Patrick não imaginava há alguns meses atrás, quando se inscreveu para o MasterChef. “Eu fiz a inscrição um pouco inseguro, porque imaginei que iam ter 300 mil pessoas e que eles nunca iam olhar a minha ficha. Mas fiz, de qualquer forma, um doce bem bacana no processo [seletivo] para ver qual é. Acabou que me chamaram”, destaca o dono da confeitaria Oui Oui, em Niterói.

O momento sacramenta a trajetória do confeiteiro, que começou a se arriscar na cozinha com cerca de 14 anos, quando reproduzia receitas de doces que via em vídeos. Na época, porém, sua paixão principal era o skate. Aos 16, ele começou a trabalhar em uma pensão no Alcântara para poder arrecadar o dinheiro que precisava para comprar peças de skate.

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O trabalho na cozinha o levou a um curso simples de gastronomia, onde ele encontrou sua afinidade com os doces. “Durante as aulas, eu percebi que eu ficava mais empolgado com doce do que com a cozinha salgada. Eu já estava trabalhando com cozinha salgada, mas percebi que eu gostava mesmo era de confeitaria”, relembra Patrick.

Com a formação, ele começou a trabalhar em uma loja de tortas na região, passou por restaurantes, hotéis e confeitarias até chegar à Paris. “A gastronomia me deu a oportunidade de poder viajar e trabalhar fora do Brasil e foi assim que eu fui parar na França. Lá, eu trabalhei na Fauchon, que era uma confeitaria super renomada. Todos os grandes chefes já passaram por lá. Fiquei lá trabalhando, até que veio a pandemia e, infelizmente, eu tive que voltar”, explica.

Nessa época, ele começou a desenvolver sua própria confeitaria em Niterói. A ideia, segundo ele, é vender o tipo de doce que ele gosta de comer com bastante liberdade para fazer da maneira como gosta.

“A minha confeitaria não é uma confeitaria tradicional", destaca Patrick
“A minha confeitaria não é uma confeitaria tradicional", destaca Patrick |  Foto: Enzo Britto

“A minha confeitaria não é uma confeitaria tradicional. Ela é criativa, um pouco diferente do que as pessoas às vezes esperam. Na Torta de Limão, por exemplo, eu uso flores comestíveis, três tipos de limão diferentes. Temos o Paris Brest, que é um doce 100% de avelã. Para mim, a confeitaria é criatividade. Diferente, talvez, da cozinha salgada, a confeitaria te dá uma licença poética maior”, destaca Patrick.

Com a repercussão do MasterChef, seus projetos criativos na Oui Oui têm atraído a atenção de cada vez mais clientes nos últimos dias e deixado a rotina de Patrick um pouco mais agitada. A correria, no entanto, é positiva, porque marca uma fase de novos sucessos para o confeiteiro. “Antes ninguém me conhecia. Agora a visibilidade aumentou muito, as pessoas chegam falando que estão começando a experimentar a confeitaria depois de ver meu trabalho. Tem sido muito novo tudo isso, mas tem sido muito legal”, celebra o gonçalense.

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