Entrevista: Bruno Diegues, ex-Jeito Moleque, lança “Mais Uma Noite - Vol. 3” e celebra nova fase da carreira
Cantor e compositor conversou com OSG sobre carreira e projetos; "eu me sinto começando de novo"

Uma das principais vozes do pagode romântico nos anos 2000, o cantor e compositor Bruno Diegues lançou, nesta quinta-feira (17), seu mais novo trabalho: o "Mais Uma Noite - Vol. 3", que marca a conclusão da trilogia de EPs que começou no ano passado e chega às plataformas de música a partir das 21h. O São Gonçalo aproveitou o lançamento e a passagem do artista pelo programa Rádio Mania ao Vivo, também nesta quinta (17) para conversar com o artista, que é ex-vocalista do grupo Jeito Moleque e tem uma carreira de mais de duas décadas na música. Confira a conversa, na íntegra:
OSG: Hoje sai a terceira parte do “Mais Uma Noite”. Olhando em retrospecto, agora que o volume final foi ao ar, o que esse projeto representou na sua carreira?
Bruno Diegues: Ah, esse projeto significa, para mim, o presente, o passado e o futuro. São músicas que fizeram parte da minha carreira desde o início, músicas que eu fiz agora e músicas em que a gente está olhando para a frente. Entã,o é uma continuidade da minha história, mas atualizando também a esse novo momento. É a minha vida toda resumida na música.
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OSG: Você tem dividido o palco com artistas da sua geração na música, como o Thiaguinho, mas também trouxe, nos shows do “Mais Uma Noite” alguns artistas que se destacaram no pagode um pouco mais recentemente, como é o caso da galera do Menos É Mais ou do Ferrugem. Para você, como é trabalhar com essa geração posterior a sua? E como tem sido a interação com o público mais jovem?
Bruno: Cara, eu me sinto começando de novo - então, a minha relação com eles [outros artistas] é da mesma maneira. É claro que alguns eu já conhecia antes, como o Thiaguinho; outros eu conhecia pouco, como o Menos É Mais. Mas a gente só aprende, né?
Cada um tem a sua maneira, a sua forma de se expressar. E sempre que a gente se encontra, a gente tenta absorver o melhor de cada um, ver o que do outro a gente pode usar no nosso [trabalho] também. Acho que é uma troca. Eu tenho uma experiência antiga, mas estou revivendo isso num novo momento da indústria, com o digital e tudo mais. Então, acho que a gente aprende bastante de todos os lados.
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OSG: Ao longo da carreira, você já flertou com outros gêneros musicais algumas vezes - e você já deixou claro que escuta “de pagode a Marvin Gaye”. Você pensa em continuar explorando outros estilos musicais?
Bruno: Eu amo música - eu gosto, eu experimento e eu nunca tive medo de fazer isso. Acho que, hoje em dia, até está mais fácil. A gente vê muitos artistas que fazem essa fusão com outros ritmos. Lá atrás, isso era mais complicado; tinha uma resistência maior. Hoje eu me sinto mais confortável de fazer isso e acabo fazendo às vezes.
Eu tenho no meu perfil do Spotify uma playlist que se chama Afrodisia, que é só com músicas que a gente escuta no camarim, com alguns afrobeats, coisas assim. E eu acabei gravando um afrobeat também, com participação de um cantor do Senegal, o Anas Juulo. Eu gosto de variar as coisas.
Eu sempre brinco que não é porque o jogador de basquete foi jogar futebol que ele deixou de ser jogador de basquete. Antigamente, houve uma pressão em cima de mim, principalmente quando eu saí do grupo. Eu fiquei afastado, tive um período parado. Muita gente achou que eu não voltaria para o segmento e tal. Mas, naquele momento, eu precisava respirar novos ares. Então, a gente acaba ficando mais livre para explorar de tudo.

OSG: Por fim, queria que você falasse um pouco sobre os próximos projetos! Sei que você tem uma turnê internacional preparada para daqui há alguns meses, né? Qual é a expectativa para o restante do ano?
Bruno: Então, eu tô me fazendo essa pergunta todos os dias. [risos] Estamos finalizando o lançamento do Mais Uma Noite, então estou absorvendo tudo o que está acontecendo. Já estou colocando a cabeça para pensar no próximo, mas com calma. Vamos ter uma turnê na Europa agora em junho e julho, e eu quero aproveitar essa viagem para colocar ideias em prática e, quem sabe, ver uma composição nova. Estou atrás de ideias; ainda não vi nada, mas estou buscando ideias aí.
