Vocação, família e amor ao próximo formam base da trajetória e vida de Padre Dé
Em entrevista a O SÃO GONÇALO, Padre Dé relembra sua história na série 'Eles fazem história'
Com a correria do dia a dia e o "modo automático" ligado durante as diversas situações que acontecem no cotidiano, alguns detalhes podem passar despercebidos, como um bom atendimento, uma gentileza, uma ação positiva, um olhar carinhoso e, principalmente, a relação empática que um ser humano pode construir para com o seu semelhante. Pensando nisso, O SÃO GONÇALO dá continuidade à série de reportagens sob o título: "Eles fazem História", que ressalta, valoriza e enaltece gonçalenses que fazem parte da vida e, literalmente, da história da população.
JOSÉ OSMAR DE MEDEIROS: "PADRE DÉ" - Vocação do sacerdócio e o propósito da salvação de famílias
Nascido em 1962, na cidade de Arraial do Cabo, na Região dos Lagos do Rio, José Osmar de Medeiros, mais conhecido como "Padre Dé" (devido a um costume no Nordeste, onde José vira Dé), de 62 anos, foi ordenado em 1989, na Igreja Porciúncula de Santana, em Niterói.
Trabalhando em São Gonçalo há três décadas, hoje o Padre, que mora em Maricá, está a frente do Rincão do Senhor, Instituição Católica localizada no bairro Colubandê, em São Gonçalo, onde foi precursor, idealizador e onde exerce sua vocação há 6 anos.
Em entrevista a O SÃO GONÇALO, Padre Dé contou sobre sua história, desde a juventude, os anos antes e após a ordenação e também sobre a importância do sacerdócio na sua vida, como forma de auxiliar famílias e todos aqueles que estejam dispostos a receber sua palavra.
"A medida do amor é amar sem medidas" São João Paulo II
Início da caminhada cristã
Assim como qualquer jovem comum, José Osmar viveu uma vida agitada antes de aceitar o sacerdócio como sua vocação e grande propósito de vida. Sempre ativo, desde a juventude, na Igreja Católica, o processo até ser conhecido como Padre Dé foi repleto de "sinais" de Deus, que deixavam claro em seu coração, que a sua jornada já estava escrita, mesmo sem que ele soubesse, de início, qual seria o seu caminho.
"Quando a ideia de ser Padre surgiu eu era adolescente, e no início eu não queria, achei que não teria essa vocação, rejeitei essa ideia muitas vezes, mas ela sempre vinha na cabeça. Eu era motoqueiro, namorei muito, tinha uma vida agitada, tocava em banda, mas a ideia sempre aparecia", iniciou o relato.
"Eu era líder de um grupo jovem em Arraial do Cabo, e, certa vez, teve um encontro no Seminário de Niterói e eu fui como representante. Chegando lá, o encontro era com o Seminarista, que hoje é Bispo, Dom Tarcísio, e o tema era vocação. Pensei 'droga, esse negócio de vocação de novo?', não queria pensar nisso. Um tempo depois, mais um encontro que fui representar a juventude da cidade, dessa vez em Saquarema, e o tema era novamente vocação. Foi então que essa ideia começou a ficar muito forte no meu coração, a tal ponto que em todos os momentos e afazeres da minha vida eu pensava em ser padre", continuou.
Ordenado em 1989, na Igreja Porciúncula de Santana, localizada em Icaraí, Niterói, Padre Dé aceitou sua vocação e deu continuidade à caminhada cristã, agora como padre.
"Fiquei sabendo que tinham encontros no Seminário de Niterói sobre esse tema, então passei a frequentá-los. Depois tive uma experiência com um Padre Jesuíta, que passava as férias em Arraial do Cabo, que me orientou também. Com o passar do tempo vi que não tinha saída, eu tinha mesmo que desenvolver essa ideia. Essa vocação ficou incontrolável, tinha que ser", afirmou.
Processo para encontrar o seu lugar
Morando em Arraial do Cabo desde a infância, a família de Padre Dé era numerosa. Sua mãe, nordestina, teve 11 filhos, apenas 6 sobreviveram. Muito apegada com os filhos, ela não incentivava o sacerdócio de José Osmar, pois sabia que isso lhe traria o peso da distância do filho amado.
"Minha mãe não queria que eu fosse padre, porque eu teria que sair de casa. Se o Seminário fosse dentro de casa ela aceitava. Depois que segui por esse caminho, teve o maior orgulho, mas infelizmente não pôde me ver Padre, porque após um ano de Seminário ela morreu. Mas meu pai me viu Padre e sempre me apoiou, ajudou e se orgulhou de mim. Morreu de câncer, mas tive o privilégio de estar com ele até o final da vida", contou Padre Dé.
Após ser ordenado, aos 30 e poucos anos, o primeiro lugar em que Padre Dé trabalhou foi na Paróquia de São Lourenço, localizada no Ponto Cem Réis, em Niterói, como vigário (Padre que substitui o pároco de uma Paróquia). Porém, pouco tempo depois, ele compreendeu que ali ainda não era o seu lugar.
"Achei que não era o meu lugar, porque era uma situação muito confortável, onde eu tinha um bom salário e tudo de melhor. Então pedi ao Bispo para ir ao Nordeste. Meus pais já tinham morrido, e eu queria experimentar uma realidade pobre, em que eu pudesse me sentir útil. Fui de moto e peguei a Paróquia mais pobre do Rio Grande do Norte, com o menor salário mínimo do Brasil na época. Cheguei lá com 78kg e voltei com 57kg. Mas mesmo diante das dificuldades, foi um ano muito feliz da minha vida", afirmou.
Ao retornar do Nordeste, Padre Dé estava trabalhando em uma Paróquia no município de Silva Jardim, no Rio de Janeiro, mas, mesmo tendo passado por desafios em seu tempo como pároco no Rio Grande do Norte, o sacerdote ainda não se sentia realizado no local onde estava, pois o que ele queria mesmo era encontrar um lugar onde pudesse desenvolver um trabalho, que ainda não sabia exatamente qual, mas tinha latente em seu coração.
Homília para famílias e a congregação de novos fiéis
"Foi então que o Bispo me colocou no Rocha, na Paróquia São Judas Tadeu, sem que eu soubesse o porquê. Lá, durante a celebração de uma missa, no ano de 1995, eu, que sempre tive a inspiração de falar sobre família e acabava que sempre me segurava para falar, senti vontade e resolvi falar sobre famílias e suas dificuldades, de improviso. E, ao final da homília, pedi que as pessoas orassem umas pelas outras, o que não era comum nas missas da Igreja Católica naquela época. Aquela missa marcou uma mudança na Paróquia, e dali em diante a Igreja começou a lotar, tanto que precisamos começar a fazer a Missa do lado de fora, mas a rua era pequena pra tanta gente. Também fomos para a praça do Rocha, para fazer louvores, missas, de onde inclusive surgiu a Missa de cura e libertação, mas a praça também ficou pequena", contou o Padre, que ficou a frente da Paróquia durante 23 anos.
"Foi quando oramos e Deus nos deu a orientação de que a vocação da Paróquia seria trabalhar pela salvação de famílias. Começamos então a pensar nesse tema e na forte mensagem de que todos nós somos hipócritas, eu mesmo disse isso na época, partindo por mim mesmo. Falamos de um amor que não vivemos de fato, porque damos a vida pela nossa família, mas no dia a dia tratamos mal as pessoas. Então esse amor hipócrita é um amor que a gente vai levando e sustentando a relação sem muito sentido. Esse, que foi um trabalho inicial é a nossa base até hoje, em cima dessa realidade, de que Jesus está dentro do nosso coração, trabalhando a nossa hipocrisia. Ele aceita nossa hipocrisia e nos ama, mas o que ele deseja é que mergulhemos em nós mesmos para encontrá-lo, para que junto com ele a gente possa fazer uma nova caminhada, com amor verdadeiro. Isso começou a restaurar muitas famílias, casamentos, pais e filhos. Essa mensagem ficou muito forte e atraiu ainda mais gente", declarou.
A busca por um espaço maior
A partir desse momento e da certeza de que a "restauração de famílias" seria o ponto chave das missas que celebrava, Padre Dé, junto a alguns paroquianos, resolveu procurar um terreno maior. Durante a procura, chegaram a encontrar um local, segundo ele, "enorme", num bairro próximo, que seria doado. Porém, com o novo local, viriam também um envolvimento político muito grande, o que não era um desejo do Padre Dé, que acabou não aceitando e prosseguindo na busca.
"Compramos o terreno do Rincão do Senhor por volta de 1997/1998, mesmo sem dinheiro, foi tudo um milagre mesmo. Começamos a fazer almoços para arrecadar dinheiro, para ir pagando o empréstimo. A adesão das pessoas cresceu muito, então conseguimos pagar o terreno, mas com uma intercorrência, que foi o roubo de uma prestação. Arrecadamos o dinheiro, e eu, que havia ido ao Nordeste de moto para visitar minha família, só consegui dormir uma noite, pois precisei retornar devido ao roubo. Um ladrão pegou todo o dinheiro de uma prestação, então tivemos que fazer um outro almoço, onde servimos mais de 3 mil pratos. Tínhamos carne pra isso? Nem pensar. Mas, só Deus sabe como conseguimos servir a todos, que saíram satisfeitos e felizes", contou o Padre.
Comunidade do Rincão
A frente do Rincão há 6 anos, Padre Dé já viveu grandes momentos ao lado da comunidade de fiéis que frequenta o local, comunidade essa repleta dos mais diversos tipos de pessoas, inclusive de outras religiões.
"A comunidade sempre prestigiou muito o Rincão, não só a do Rocha. Nós somos uma Igreja invisível né, e o Rincão tem a capacidade de tocar o coração das pessoas, que vem independente da Paróquia que frequentam, e até mesmo independente de religião. Desde o começo teve uma adesão fantástica, as pessoas gostam da mensagem do Rincão, que tem como lema "salvar famílias" e permanecem", contou Padre Dé.
Para a funcionária do Rincão, Marcia Regina Tavares, 51 anos, a vida do Padre Dé está inteiramente ligada às bênçãos recebidas por sua família. Foi através do Padre, a quem segue desde 2005, que conheceu seu marido, André. Foi também Padre Dé que celebrou seu noivado, casamento, batizado do filho mais novo, Nicolas, 13 anos, e da filha mais velha, Manuela, 16 anos, que tem o Padre também como padrinho.
"Conheci Padre Dé em 1998, quando ouvi falar das suas missas, sempre carismáticas, alegres, e falando com clareza dos problemas familiares. Fui até ele em um momento de muita fragilidade emocional e encontrei ali uma pessoa que seria meu amigo. Ele me acolheu com carinho, de forma fraterna, todas as vezes que eu ia buscar seus conselhos e direção. Ele foi me ajudando a reorganizar minha vida e assim eu fui ficando, participando de muitos movimentos, onde conheci meu marido André", contou Marcia.
"Em 2005 quando decidimos nos casar, fomos pedir a autorização do Padre, porque ele era pra gente como um segundo pai, principalmente para o meu marido, que quando perdeu o pai, recebeu todo o suporte de Padre Dé. Já passamos por muitos momentos juntos e procuramos sempre estar presentes um na vida do outro. Nos tornamos amigos e compadres, além também da relação profissional aqui no Rincão. Vejo no Padre Dé uma pessoa que eu posso falar sobre qualquer assunto, ele é muito sábio, pé no chão e antenado em todos os assuntos. Ele é membro da minha família, uma pessoa a quem devo muito, e fico até emocionada em falar dele", contou Marcia Regina.
Fundação Rincão do Senhor - amor ao próximo na prática
Além das missas, confissões e todo o trabalho de evangelização realizados pelo Padre Dé no Rincão do Senhor, o local também abriga a Fundação Rincão do Senhor, que é uma Fundação Católica, com reconhecimento Arquidiocesano, a serviço da evangelização, formação cristã e defesa dos direitos integrais da pessoa humana, com mais de 15 anos de atuação, fundada e presidida pelo Padre José Osmar de Medeiros, o "Padre Dé".
"A Fundação Rincão do Senhor atende as pessoas mais carentes. Temos alguns projetos, como o "Saúde plena", com o posto de saúde, que tem um atendimento muito grande, com profissionais que se dedicam e acreditam na obra. Esse projeto começou com um médico, o cardiologista Dr. Alex, que me procurou querendo doar seu tempo e trabalho. Arrumei uma sala pra ele e com o passar do tempo ele foi trazendo mais médicos. Temos hoje um local com cinco consultórios, espaço para fisioterapia, atendimento com psicólogos, advogados, assistente social", explicou Padre Dé.
A relação com a comunidade funciona de forma mútua, em que existe ajuda plena de ambas as partes para fazer com que o Rincão siga sendo polo de evangelização e conexão com Deus, além de um local que fornece auxílio para todos àqueles que precisem.
"Temos credibilidade e um respeito muito grande pelas doações. Se depender da minha vontade, eu não trabalharia em outro lugar. Quero morrer em São Gonçalo. É uma relação de família, onde em qualquer lugar que eu vou me sinto acolhido, e isso é muito bom. É muito sólida a relação que temos hoje aqui em São Gonçalo", afirmou.
Casados há 20 anos, o advogado Fábio Porto Costa, 51 anos e a contadora Patrícia Narciso R. Costa, 50 anos, residentes do bairro Rocha, em São Gonçalo, são provas vivas dessa relação sólida entre o Padre e a comunidade.
"Conhecemos o Padre Dé desde a sua vinda para a Paróquia São Judas Tadeu, na década de 90, quando ainda éramos muito jovens. Participávamos das missas, dos louvores na praça, do grupo de oração, fases marcantes em nosso processo de desenvolvimento humano e espiritual. Ele acompanhou o nosso processo de namoro, noivado e casamento, que foi celebrado por ele em 2004, e acompanhou também os frutos desse casamento, nossos dois filhos, João Paulo e João Victor, realizando inclusive o batizado deles. A nossa história é contada com a participação do Padre Dé em várias fases da vida da nossa família", declarou Fábio Porto.
Ele faz História
Presente na vida e na história de muitos gonçalenses que puderam receber sua benção, seu carinho e suas palavras através das homílias, confissões ou simples bate-papos, Padre Dé também é responsável pelo momento mais importante da vida de um casal: o casamento. São muitas as histórias que deixam clara a importância e significado, obtidos por essas pessoas, de tê-lo celebrando este momento tão especial.
Moradores de São Gonçalo e casados recentemente, o casal Bruna Geron, agente de viagens de 32 anos e Jean Phillip Correa, educador físico, 34 anos, receberam a benção do matrimônio na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, no Galo Branco, através da celebração do Padre Dé.
"Conheci Padre Dé ainda criança, quando ele havia acabado de chegar à Igreja de São Judas Tadeu, no Rocha. Eu estudava no Colégio Estadual Teresa Cristina, um colégio tradicional que incentivava a gente à educação religiosa. Em união com a Igreja, a Teresa Cristina, dona do colégio, incentivava a crisma e a primeira comunhão com o Padre Dé. Então aos 8 anos, eu tive a minha primeira comunhão com o Padre", disse Bruna, que também teve sua missa de 15 anos celebrada pelo Padre.
Vinda de uma família católica, a agente de viagens, que acompanhava todas as missas de Padre Dé nos finais de semana, tem lembranças felizes de como as crianças o amavam. "As missas ficavam lotadas e as crianças, que sempre amaram o Padre, ficavam sentadas no altar, no presbitério, quase nos pés de Padre Dé".
"Sempre acompanhei Padre Dé, e o meu marido, desde que começamos a namorar, também começou a acompanhá-lo, lá no Rincão. Há mais ou menos três anos, Padre Dé me chamou para ser MESC (Ministro Extraordinário da Sagrada Comunhão). E agora, praticamente como meu último sacramento, veio o matrimônio, também assistido por Padre Dé. Então posso dizer que ele fez parte de toda a minha vida religiosa, não só como Padre, mas também como amigo. Ele me viu crescer. Se Deus quiser ficaremos nessa caminhada com Padre Dé até o fim, inclusive os nossos futuros filhos, que se Deus permitir, também receberão todos os sacramentos através do Padre", afirmou Bruna Giron.
Realização
Questionado sobre a realização pessoal em ter aceitado sua vocação e exercido, ao longo desses anos, seu sacerdócio de forma marcante na vida do povo gonçalense, Padre Dé fez questão de ressaltar a alegria em tudo o que faz.
"Me sinto velho. Velho e feliz. São muitos anos. Casei recentemente uma menina que já foi minha coroinha, que conheci pequenininha. No meu caso a velhice não trouxe espanto e desconforto, estou muito feliz, mas percebi que estava velho em uma situação específica, quando estava na Prainha, em Arraial do Cabo, num cantinho onde acabei cochilando na praia. Quando acordei estavam jogando bola, aí peguei minha cadeira e saí dali. Nessa hora falaram "para a bola, deixa o coroa passar". Foi nessa hora que percebi claramente que estava velho", contou o Padre em tom descontraído, fazendo piada com a situação.
Solícito e disponível a todos que precisam, Padre Dé também é conhecido pelo seu lado empático e humano, o que acaba agregando ainda mais pessoas à sua grande legião de fiéis.
"Padre Dé está presente nas nossas vidas desde a infância, quando ministrou nossa Primeira Comunhão. Em 2007, começamos a namorar durante o curso da Crisma, sacramento que recebemos das mãos do Bispo Dom Alano em missa concelebrada pelo Padre Dé. Já em 2020, quando casamos, fizemos questão de que ele também celebrasse, justamente por conta de nos conhecer desde pequenos. Ele é um grande amigo, conselheiro, acessível, sempre disposto a nos ouvir. Hoje eu sirvo nas Missas como Ministro da Eucaristia (MESC), enquanto minha esposa faz parte da Comunicação, auxiliando nas transmissões das missas", contou o casal Guilherme Brandão, contador de 32 anos e Alessandra Brandão, jornalista de 34.
Apesar dos momentos difíceis, fazer parte e, de alguma forma, impactar e mudar a vida das pessoas, tornam a missão de Padre Dé ainda mais significativa.
"É muito bom ser Padre, me sinto plenamente realizado. Tem um ditado no Nordeste que diz: é melhor ser Padre, do que padecer, fazendo um trocadilho com a palavra. Claro que tem momentos difíceis e desafios, mas é muito gratificante, as coisas boas são muito maiores. Das crianças que te abraçam até os velhinhos que pedem conselhos. Atendi uma vez, por exemplo, um médico, que era ateu, mas estava vivendo um drama familiar, e me procurou pedindo conselho, orientação. Um cara inteligentíssimo, mas não conseguia ver saída num caso que para mim era simples, assim como, ao contrário, a medicina pra ele é simples e pra mim não. Então, posso dizer que me sinto plenamente realizado", finalizou Padre Dé.
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