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Criando magia através da dança, Claudia Araújo promove arte, encanto e beleza com sua Escola de Ballet

Bailarina, coreógrafa e maítre de ballet conta sua história na série de reportagem de OSG

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 14 de setembro de 2024 - 08:00
Claudia Araújo
Claudia Araújo -

Com a correria do dia a dia e o "modo automático" ligado durante as diversas situações que acontecem no cotidiano, alguns detalhes podem passar despercebidos, como um bom atendimento, uma gentileza, uma ação positiva, um olhar carinhoso e, principalmente, a relação empática que um ser humano pode construir para com o seu semelhante. Pensando nisso, O SÃO GONÇALO dá continuidade à série de reportagens sob o título: "Eles fazem História", que ressalta, valoriza e enaltece gonçalenses que fazem parte da vida e, literalmente, da história da população.

CLAUDIA ARAÚJO - ARTE INTRÍNSECA E BALLET COMO PROPÓSITO E AMOR À PRIMEIRA "DANÇA"

Nascida e criada na cidade de Niterói, Lélia Claudia Araújo Morgado, conhecida artisticamente como Claudia Araújo, de 70 anos, é bailarina; coreógrafa e maítre de ballet (quando se dirige os bailarinos ou dançarinos do corpo de baile, zelando pelo rendimento técnico e artístico do espetáculo, além de ensaiar bailarinos ou dançarinos, também remontando coreografias e ministrando aulas de dança em companhias específicas). 

Imagem ilustrativa da imagem Criando magia através da dança, Claudia Araújo promove arte, encanto e beleza com sua Escola de Ballet

Criando magia há 50 anos com o Ballet Claudia Araújo, a profissional tem sua trajetória de vida inteiramente ligada à arte, como algo que sempre fez parte de quem é ela e como se reconhece no mundo. 

Em entrevista a O SÃO GONÇALO, a bailarina e professora de ballet contou sobre a infância repleta de inspiração, a trajetória dentro da carreira artística e a criação de suas duas escolas, nas cidades de Niterói e São Gonçalo. 

A dança é a linguagem escondida da alma Martha Graham

Arte intrínseca - Herança de família

Niteroiense, Claudia Araújo não tinha muito como fugir da veia artística que recebeu como herança dos maiores incentivadores da sua vida: seus pais. Filha de uma musicista e costureira e de um ator, a paixão pelo ballet surgiu como uma intuição divina, e, a partir dali, a paixão deu lugar à certeza profissional. 

 "Tive uma infância maravilhosa. Era muito levada e vivia com cortes nas pernas e braços. Adorava subir em árvores, pé de goiabeira, mangueira. Eu e meu irmão chegamos a fazer uma cabana e subíamos para pegar frutas", iniciou o relato. 

"Sempre fui muito disciplinada e comecei no ballet aos 7 anos, digamos que por inspiração. Pedi para minha mãe para fazer as aulas, e ela foi procurar. Na época tinham duas professoras em Niterói, e ao ir ver uma apresentação no Cassino Icaraí, ela se encantou com a bailarina russa Juliana Ianakiewa. Então, ela soube que a Juliana estava lecionando e me levou para fazer o ballet, e foi assim, um encanto. Foi amor a primeira vista, inspiração divina mesmo", contou Claudia. 

Ao mesmo tempo em que ingressava no mundo artístico através do ballet, Claudia, aos 11 anos, também atravessava a ponte para fazer estudo do piano, no Conservatório Brasileiro de Música, já que sua mãe, musicista, queria que ela tivesse esse certificado, esse diploma. 

Já aos 14 anos, depois de alguns anos cursando o ballet em Niterói, Claudia sentiu que havia chegado o momento certo de procurar novas informações sobre a dança. Foi quando foi para o Rio de Janeiro estudar também o ballet. 

Ballet como escolha profissional 

"A primeira escola que entrei foi o Grupo Ballet Noemia Edelman. Ela era uma professora que ensinava danças a caráter, danças russas, polonesas, inglesas, então pude ter contato com uma outra vertente da dança, uma coisa muito diferente do que eu vinha fazendo no ballet clássico", contou a artista. 

Com a chegada da década de 70, chegou também o jazz dance, que desde o início foi um estilo de grande interesse da bailarina, que foi buscando caminhos até conhecer uma amiga que fazia jazz e a apresentou à bailarina brasileira Dalal Achcar, que sempre foi uma grande incentivadora da dança. 

"Em 1972 Dalal Achcar fundou a Associação de Ballet do Rio de Janeiro e em 73 fui para a escola dela, local em que, um ano depois, passei a fazer parte, através de uma seleção para ingressar na Associação, aos 17 anos", contou Claudia, que também revelou que, em meio a profissionalização na Associação de Ballet, começou a lecionar em sua própria casa. 

"Meu pai fez uma sala de ballet pra mim lá no quintal de casa, e foi assim que comecei. Mamãe dava aula de piano e acordeom e eu dava aula de ballet para as alunas dela. Eles sempre me incentivaram muito. No início minha mãe fazia até os figurinos do ballet. Ela sempre torcia, gritava da plateia e eles sempre me acompanhavam, sempre foram muito envolvidos comigo". 

O melhor da dança 

Dançando e viajando por todo o Brasil com Dalal Achcar e tendo contato com grandes nomes da dança, Claudia, que se formou como professora, esteve diante de tudo o que havia de melhor no mundo da dança, recebendo até mesmo sapatilhas de ponta da Inglaterra, país referência nessa dança.

A partir dessas interações, Claudia trazia todo o seu conhecimento e experiências para suas aulas, para que que os bailarinos pudessem conhecer realmente a essência do ballet, o que estava acontecendo nos Estados Unidos e Europa. 

Claudia Araujo, à esquerda,  Dalal Achcar no meio e João Luís à direita. Foto tirada após o espetáculo da Cia de ballet Dalal Achcar, a qual João trabalha atualmente
Claudia Araujo, à esquerda, Dalal Achcar no meio e João Luís à direita. Foto tirada após o espetáculo da Cia de ballet Dalal Achcar, a qual João trabalha atualmente |  Foto: Divulgação

"Nessa época, lá mesmo com Dalal Achcar, eu me entrosei no método Royal Academy, que é um método inglês, de ensino para crianças e adultos, mas que o foco está em crianças a partir dos 5 anos. E aí foi maravilhoso, porque quando pequena eu estudei em um colégio bilíngue, então me afinei muito nessa educação inglesa. E quando conheci esse método, que ensina as crianças a dançarem, visando pegar as crianças de menor idade, me encantei muito. Com esse método a gente faz um paralelo com a escola da criança, e trabalhamos em três pilares: o lado emocional, o lado motor e o lado psíquico. Na arte, o importante é ter tudo isso ao mesmo tempo", explicou a bailarina. 

Casamento na arte e na vida

Claudia Araújo possui uma união duradoura não apenas com o ballet, mas também com o marido, José Carlos. Os dois se conheceram na Associação de Ballet do Rio de Janeiro, onde, na época, José trabalhava como contador. 

"Nos conhecemos e ele veio com a ideia inicial de abrirmos uma escola em Niterói, isso em 1974, quando eu tinha 20 anos. Depois nos casamos, em 1975, mas primeiros fizemos essa associação e abrimos o Ballet Claudia Araújo (BCA) na cidade. Foi uma união profissional, e, depois, pessoal", contou Claudia em tom descontraído. 

A bailarina continuou dançando na Associação, ao mesmo tempo em que mantinha sua escola, realizando apresentações de ballet ao longo do ano. 

"Foi um processo e caminho muito felizes e recompensadores, porque comecei a sentir que as pessoas estavam entendendo o que era fazer a dança e que valor essa dança dava para as crianças, adolescentes, adultos, que descobriam a dança pela primeira vez. A dança dá o caminho, dá disciplina, envolve a criança de maneira carinhosa, onde ela começa a entender toda a sua movimentação corporal", afirmou. 

BCA em São Gonçalo 

Casada com José Carlos, que era morador de São Gonçalo e incentivada pela grande quantidade de alunas que se deslocavam até Niterói para as aulas de ballet, Claudia resolveu inaugurar a escola na cidade. 

"Hoje moramos no bairro Maria Paula e meu marido, que tem uma loja esportiva aqui em São Gonçalo, sempre contava de quando chegavam para comprar materiais e junto pediam que abríssemos uma escola aqui na cidade. 

"Seu corpo é a imagem do que você tem dentro"

Inaugurada em 2002, a escola antes ficava localizada em algumas salas no centro da cidade, que acabaram ficando pequenas para comportar tanta procura pelas aulas. Foi então que procuraram um local que atendesse a demanda. 

"Fui muito bem recebida em São Gonçalo. As crianças me conheciam pelo nome, mas não tinham ideia de quem eu era, não acreditavam que era eu mesma que estava ali. Então foi um 'boom' na escola, porque comecei a receber muitas crianças. Iniciei com todas as modalidades que também tinham em Niterói. Fizemos espetáculos no SESC, no Teatro Municipal, Teatro Carequinha, e comecei a participar de toda a comunidade", contou Claudia, que deu exemplos de como o trabalho em conjunto com a população da cidade faz a diferença na vida dos pequenos, que desde cedo já demonstram interesse pela arte. 

"Fui chamada também para fazer parcerias com alguns colégios, o que fazemos até hoje, onde, no início do ano, começo a preparar minhas alunas formandas, do curso de Pedagogia da Dança, que eu mesma aplico, para lecionarem nessas escolas. Esse é um trabalho em conjunto do Ballet Claudia Araújo com os professores, pais e todo o local de ensino como um todo, porque o seu corpo é a imagem do que você tem dentro, então se ensinadas desde pequenas sobre os benefícios dessa arte, o resultado será enriquecedor", afirmou. 

50 anos do Ballet Claudia Araújo 

Esse ano a Escola de Ballet Claudia Araújo está completando 50 anos de existência na cidade de Niterói. Fundar uma escola de dança que permanece sendo referência mesmo após longos anos é um sinal de sucesso e foco em cada passo dado. São muitas histórias que se misturam com a trajetória do espaço de dança, que já formou não só bailarinos, como, principalmente, seres humanos capazes de discernir suas emoções e valorizar cada movimento de seus corpos. 

"O objetivo de abrir a escola foi para, justamente, eu poder mostrar tudo que existe dentro da dança, todas as possibilidades. Porque a dança não é só o movimento, você coloca a criança em contato não só com o movimento, você desenvolve todo o cognitivo", disse a artista da dança. 

A artesã e estudante de fisioterapia, Carina Nunes, 42 anos, é um dos exemplos do que a dança pode proporcionar a curto, médio e longo prazo, proporcionando novos olhares e a abertura de possibilidades antes não imaginadas. 

Carina Nunes em Espetáculo Estações, no ano de 2015 - pelo Ballet Claudia Araújo
Carina Nunes em Espetáculo Estações, no ano de 2015 - pelo Ballet Claudia Araújo |  Foto: Divulgação

"Comecei a trabalhar em 2005, como acabadeira, na confecção do Ballet Claudia Araújo. A produção dos figurinos estava a todo vapor e eu entrei de corpo e alma neste mundo apaixonante. Tive a oportunidade de desfrutar, como bolsista, dos cursos oferecidos pelo ballet e essa foi uma oportunidade única! Foram anos incríveis, com os melhores profissionais, e eu só tenho a agradecer por toda experiência e aprendizado. Tudo é feito com zelo e excelência", disse Carina, que hoje trabalha com Claudia na organização de todo o acervo BCA e também na confecção de adereços. 

Ela faz História 

Conhecida em São Gonçalo como uma profissional competente e referência na dança, Claudia Araújo fez e continua fazendo história no cenário artístico e cultural da cidade. Graças ao seu encanto e amor pelo ballet, a bailarina proporcionou à centenas de alunas e alunos que já passaram por suas escolas, não só uma experiência, como uma imersão na dança, possibilitando que cada um pudesse se descobrir a partir de um incentivo artístico de grande renome. 

"É muito gratificante fazer parte da vida das mães, crianças e famílias de São Gonçalo, porque é uma coisa que fica tão presente na pessoa que, mesmo ela começando a seguir o seu próprio caminho, aquela informação que ela absorveu durante as aulas permanece. Aos poucos você vai criando no aluno boas relações, bons hábitos, que irão fazer parte de toda sua vida. Então ouvir que pude ser relevante na história daquela pessoa é muito especial, que ficou aquela raiz, que a semente pôde ser plantada, que houve o resgate da dança, e que ela foi para além das aulas. O BCA é o meu grande propósito de vida, nunca tive vontade de exercer outra profissão", afirmou a profissional. 

Para a professora de ballet Mirian Izidoro, que iniciou sua trajetória profissional no Ballet Claudia Araújo, o exemplo e incentivo de Claudia foram fundamentais para que pudesse escrever sua própria história. 

Mirian Izidoro dançando pelo Ballet Claudia Araújo
Mirian Izidoro dançando pelo Ballet Claudia Araújo |  Foto: Divulgação

"Entrei no Ballet Claudia Araujo em 2006. Fiz um curso de formação para professores de ballet com a Claudia e em 2009 comecei a dar aula no ballet. Eu já trabalhava com dança e dava aula em algumas escolas, mas ali fui me encantando cada vez mais, me aperfeiçoando. Ela é uma profissional incrível, sempre muito dedicada, atenciosa, sempre acompanhando a gente nas aulas e avaliações, muito presente. Foram alguns anos de aprendizado como bailarina e também como professora da casa", relatou Mirian. 

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"Em 2010 me formei lá como bailarina e em 2011 encerrei o meu ciclo no BCA, momento em que entrei pra faculdade de dança e abri o meu próprio espaço. Tenho uma gratidão eterna pela Dona Claudia, porque quando abri a minha escola, a única referência de academia que eu tinha era a dela, por tudo que vivenciei lá. Não somente ser aluna, mas também ser professora do Ballet da Claudia me preparou para a vida em relação ao mundo da dança. Devo muito a ela e sou muito grata pela contribuição e fortalecimento que ela deu à minha profissão. Talvez se não tivesse tido essa experiência que tive no Ballet Claudia Araújo, eu não teria me sentido tão capaz de abrir o meu próprio espaço. Ela acreditou em mim, viu potencial em mim, e eu sou muito grata por isso", completou a professora de ballet. 

Arte em forma de dança 

Hoje o Ballet Claudia Araújo, que em São Gonçalo fica localizado na  Rua Eduardo Viêira de Souza, 48 - Sala 204 e 206, no Centro, oferece aulas de Ballet, Jazz, Sapateado e Ginástica Rítmica. As aulas estão disponíveis para alunos(as) a partir dos 2 anos até os 70 anos, com uma média atual de 80 matriculados. 

"Infelizmente os alunos sempre foram uma minoria. Eles esbarram muito na questão do preconceito. Mas dois que eu tenho hoje, que já estão bem evoluídos, são plenamente abraçados por suas famílias. É gratificante porque a partir disso falamos a mesma linguagem. Porém, muitos que já passaram por aqui não tinham esse apoio em casa", contou Claudia em relação aos alunos homens no BCA.

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Quebrando as barreiras deste preconceito e vivenciando o sonho de viver da arte, o gonçalense ex-aluno do Ballet Claudia Araújo, João Luís da Matta, 32 anos, se tornou bailarino profissional.  

João Luís dançando pelo ballet Claudia Araújo
João Luís dançando pelo ballet Claudia Araújo |  Foto: Divulgação

"O ballet Claudia Araújo foi primordial na minha formação clássica, foi ali que dei meus primeiros passos na dança. A escola sempre teve uma tradição no ensino do ballet clássico, então me lembro que era um lugar que queria muito chegar. Vale lembrar que eu como menino na época, sempre fiz aula com turmas de meninas e lá foi a primeira vez que tive uma aula de ballet voltada somente para rapazes, deixando a técnica masculina, através de uma bolsa de estudos integral. Serei sempre muito grato por todo suporte e apoio da Claudia nesse início e até hoje. Ela percebeu que eu tinha vocação, disciplina e muita determinação, e sempre teve um olhar sensível e rigoroso, em especial comigo", contou o profissional. 

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    Amanda Quintanilha, diretora artística e professora da unidade do BCA São Gonçalo
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    Claudia Araújo ao lado de Amanda Quintanilha, diretora artística e professora da unidade do BCA São Gonçalo
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    Mirian Izidoro dançando pelo Ballet Claudia Araújo
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    Mirian Izidoro com as alunas de sua escola de ballet - Izidoro Training Center - ao lado de Claudia Araujo no Jubileu de Porcelana, em comemoração aos 20 anos do BCA
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    João Luís dançando pelo ballet Claudia Araújo
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    João Luís, hoje ex-aluno do Ballet Claudia Araújo, dançando pelo ballet BCA
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    Carina Nunes - trabalhou como acabadeira no Ballet Claudia Araújo e também foi aluna. Hoje trabalha com Claudia na organização do acervo do ballet e na confecção de adereços
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