Dirigente do Flamengo fala em processar comentarista que recomendou "porrada em Arrascaeta"
Vice jurídico clube acredita que frase de jornalista configura incitação pública de violência
O vice-presidente geral e jurídico do Flamengo, Rodrigo Dunshee, afirmou que pode adotar medidas judiciais contra o comentarista esportivo Maurício Borges, conhecido como "Mano", caso ele não se retrate a respeito de um comentário que fez sobre o atacante Arrascaeta.
Durante o programa "Papo Reto", exibido pelo YouTube no "Canal do Benja", o jornalista insinuou que os volantes do Corinthians, um dos próximos adversários do Rubro-negro, deveriam "dar uma porrada" no jogador para evitar uma derrota.
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"O próprio Arrascaeta, que é o craque do time, já teve momentos melhores neste ano do que teve agora. O Paparazzo [influenciador] trouxe a informação que ele está 'bichado'. Essa é uma informação importante para o Fausto Vera e Du Queiroz, cada um dá uma porrada no Arrascaeta para tirar ele do jogo", disse Mano na transmissão.
Em sua conta no Twitter, o vice-presidente da equipe carioca destacou que o clube pode acionar o comentarista na Justiça pela afirmação. "Jornalista pregando violência no futebol para lesionar um atleta. Para mim, esse jornalista pratica ilícito de incitação pública de crime, porque provocar lesão corporal intencionalmente é isso. O 'Fla' vai notificar esse cidadão para que ele se retrate formalmente, sob pena de adotar medida judicial", escreveu Rodrigo Dunshee.
Mais tarde, Mano utilizou sua conta em redes sociais para se posicionar a respeito das falas polêmicas. Segundo ele, o comentário teria sido dito em tom de brincadeira e que seus detratores haviam tirado a frase de contexto.
"É evidente que eu não quero que o cara se machuque, que ele perca a perna, que ele perca a Copa do Mundo. Muito pelo contrário, Arrascaeta é craque. O que eu falei, inclusive, muitos treinadores falam para os atletas dentro de campo, não foi eu que inventei isso. De qualquer forma, quero pedir desculpas para quem achou que eu incitei ou fiz apologia à violência", declarou.