MP da Itália pede extradição de Robinho por condenação por estupro
Ex-jogador foi condenados em última instância a nove anos de prisão pela Justiça italiana
De acordo com a agência de notícias Ansa, o governo italiano pediu a extradição do ex-jogador Robinho e de seu amigo Ricardo Falco, condenados em última instância a nove anos de prisão pelo crime de estupro contra uma jovem de 22 anos, em 2013, em uma boate de Milão. Os dois não têm mais a possibilidade de recorrer à condenação.
A Constituição do Brasil proíbe a extradição de brasileiros, mas a Justiça da Itália pode pedir o cumprimento da pena em uma prisão brasileira. Porém, esta possibilidade é dificultada pelo Código Penal, já que uma sentença estrangeira só é aplicada no Brasil em caso de reparação de danos e pela homologação para efeitos de tratados.
Segundo as investigações italianas, Robinho e cinco amigos teriam estuprado uma jovem albanesa em um camarim da boate Sio Café, onde ela comemorava seu aniversário. O caso aconteceu em janeiro de 2013, enquanto o atleta ainda defendia o Milan. O ex-atacante foi condenado em primeira instância em dezembro de 2017.
Transcrições de interceptações telefônicas mostraram que Robinho revelou ter participado do ato em Milão, na Itália. Para a primeira condenação, a Justiça italiana se baseou principalmente nessas gravações. Além disso, a polícia italiana instalou um grampo no carro do ex-jogador e conseguiu captar outras conversas que a justiça considera "auto acusatório".
Robinho e Falco foram condenados com base no artigo "609 bis" do código penal italiano, que cita o ato de violência sexual não consensual forçado por duas ou mais pessoas, obrigando alguém a manter relações sexuais por sua condição de inferioridade "física ou psíquica".
Os advogados de Robinho dizem que o atleta não cometeu o crime do qual é acusado e alegam que houve um "equívoco de interpretação" em relação às conversas interceptadas. Os defensores de Falco também afirmam que seu cliente é inocente, porém solicitam a aplicação mínima da pena caso haja condenação.