Ex-presidente do Vasco critica gestão e clube rebate
Diretoria disse que pretender tomar medidas "na esfera criminal e cível"
Se as relações entre o ex-presidente do Vasco da Gama, Alexandre Campello, e a atual diretoria do clube não eram das melhores, ficaram ainda pior depois deste final de semana. O time carioca respondeu, em nota divulgada neste sábado (20/05), a algumas polêmicas declarações feitas pelo ex-dirigente em uma entrevista concedida ao podcast "Fora do Jogo".
No programa, Campello, que presidiu o clube entre 2018 e 2020, acusou os membros que o sucederam na gestão cruz-maltina de permitirem que o time fosse rebaixado e permanecesse na Série B do Campeonato Brasileiro por interesses financeiros.
"Havia interesses em vender o clube, por isso derrubaram o time assim que assumiram, mantiveram o time na segunda divisão e venderam. Você sabe qual é a comissão sobre a captação de recursos? Se não me falha a memória é algo em torno de 4%. Você sabe quanto é 4% de R$ 700 milhões? São R$ 28 milhões", afirmou o ex-presidente.
Na nota divulgada pelo Vasco, a diretoria administrativa manifestou repúdio às afirmações, que classificou como caluniosas. O time também disse que a venda da SAF vascaína para a empresa 777 Partners foi motivada por dívidas deixada pela gestão de Campello.
"Nunca houve qualquer interesse dessa gestão em vender o clube. Houve, sim, um trabalho intenso para viabilizar financeiramente o clube, que se encontrava com meses de salários atrasados e passivos da ordem de R$ 850 milhões ao final da gestão do senhor Campello e a equipe de futebol, lamentavelmente, já se encaminhava para o rebaixamento. A insinuação que haveria interesses na queda – e manutenção do time – na Série B é absurda e desrespeitosa para com o clube, atletas, comissão técnica e todos aqueles que trabalham por sua recuperação", destaca a nota.
A diretoria afirma ainda que irá tomar "providências cabíveis na esfera criminal e cível" para que o ex-diretor responda pelas declarações. Até o momento da publicação desta matéria, Campello ainda não havia comentado a resposta.