CBF repudia atos racistas contra o atacante Rodrygo
Jogador foi alvo de graves ataques em suas redes sociais durante a partida entre Brasil e Argentina
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) manifestou publicamente, na noite desta quinta-feira (23), seu repudio aos atos racistas cometidos contra o jogador da Seleção Brasileira Rodrygo. Durante a partida entre Brasil e Argentina, na terça-feira (21), no Maracanã, o atleta foi alvo de graves ataques em suas redes sociais.
A CBF informou que não se limita a repudiar mas, principalmente, seguirá trabalhando de forma incansável para banir do futebol esta doença chamada racismo.
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"O racismo não vencerá. Me solidarizo com Rodrygo, que sofreu ataques violentos e injustificáveis. Atitudes como essa, que infelizmente já vimos acontecer outras vezes com jogadores brasileiros negros, merecem punição. O papel da sociedade, o papel da CBF, é o de criar mecanismos para conter e estancar esse crime, dentro e fora dos campos. Como primeiro presidente negro da CBF, sigo lutando pelo dia em que nenhuma pessoa será discriminada pela cor da sua pele", afirmou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.
O presidente da confederação também sinalizou que, em março do ano que vem, na próxima data FIFA na Espanha, contra a Seleção Espanhola, irá aconteceu uma ação chamada "Uma Só Pele", que Rodrigues diz que será um chamamento à reflexão sobre o racismo.
"A CBF está ao seu lado, Rodrygo!", disse a entidade.
O atacante do Real Madrid e do Brasil teve as redes sociais tomadas por comentários com emojis de macaco e banana, nesta quinta-feira (23), após a divulgação de um bate-boca entre Rodrygo e Lionel Messi no clássico entre a Seleção Brasileira e a Argentina.
O camisa 11 do time espanhol publicou um desabafo em seu perfil no Instagram sobre os ataques recebidos e declarou que " não irá parar".
"Os racistas estão sempre de plantão. Minhas redes sociais foram invadidas com ofensas e todo tipo de absurdo. Está aí pra todo mundo ver! Se não fazemos o que eles querem, se não nos comportamos como eles acham que devemos, se vestimos algo que os incomoda, se não baixamos a cabeça quando somos atacados, se ocupamos espaços que eles acham que são só deles, os racistas entram em ação com o seu comportamento criminoso. Azar o deles. Nós não vamos parar!", expressou.