City derrota Fluminense e se torna campeão mundial pela primeira vez
Apesar da derrota, tricolores revelam sentimento de orgulho com a participação do time na competição
Centenas de tricolores se reuniram no Polo Gastronômico da Rua Nobrega, em Icaraí, Niterói, na tarde desta sexta-feira (22), para assistir à inédita participação do Fluminense na final do Mundial de Clubes. Com início às 15h (Horário de Brasília), o time das Laranjeiras enfrentou o Manchester City em partida disputada no Estádio Internacional Rei Abdullah, em Jedá, na Arábia Saudita. Com o placar de 4X0, o City levou a melhor e faturou seu primeiro Mundial.
Tanto o time brasileiro quanto o britânico buscavam o troféu inédito. Faltando cerca de meia hora para o começo do jogo, já não havia mais quase nenhuma mesa disponível nos bares da região. Uniformizados, os torcedores compareceram em peso para torcer pelo clube que conquistou pela primeira vez o título da Libertadores e sonhava com a possibilidade de se consagrar campeão do mundo.
Leia também:
Torcida tricolor de SG se prepara para assistir final do Flu
Torcida em Niterói vai à loucura com classificação do Fluminense
Com gritos e cânticos, e alguns até com vestimentas árabes, em referência ao local onde a partida estava sendo disputada, os tricolores niteroienses demonstraram entusiasmo e esperança para um resultado positivo. Mas, antes de um minuto de jogo, aos 50 segundos, o primeiro balde de água fria foi despejado com um gol do City, marcado pelo argentino Julián Álvarez. A partir daí, o nervosismo tomou conta da torcida.
Apesar de já começar atrás no placar, o Fluminense não se entregou. A cada aproximação da área de ataque e tentativas de construção de jogadas, a torcida sentiu e demonstrou seu otimismo. Aos 13 minutos, a posse de bola era favorável ao Flu (56%) e, aos 15, uma possibilidade de pênalti arrancou gritos da torcida. Já aos 27 minutos, o segundo gol do clube inglês foi marcado. Dessa vez, um gol contra de Nino deixou o Fluminense ainda mais longe do encontro com a taça.
Mesmo com o resultado desfavorável, no fim do primeiro tempo os tricolores ainda acreditavam na possibilidade de uma virada.
“Eu acho que vai continuar um jogo duro. O Fluminense tem que ir para o tudo ou nada. A gente vai brigar para fazer um gol e tentar mexer com o emocional deles”, afirma o torcedor niteroiense Carlo Aguiar, de 53 anos.
Mas o início do segundo tempo começou com uma atmosfera diferente. Um pouco mais nervosos, os tricolores demonstravam um pouco mais de impaciência, mas sem perder totalmente o otimismo. Com uma maior posse de bola, o City conseguiu segurar a pressão do Fluminense e manter o placar. Mas aos 72, com Folden, os ingleses marcaram mais um gol e tiraram de vez as esperanças de um virada do clube das Laranjeiras. E aos 88, com outro gol de Álvarez, o Manchester ‘tatuou’ de forma definitiva seu nome no hall dos campeões.
Mesmo com a goleada de 4X0, o tricolores não se abalaram e aplaudiram ao apito final. Também aproveitaram para cantar o hino tricolor e gritar com orgulho o tradicional “nense”. A derrota pareceu não intimidar e desanimar. O sentimento final dos torcedores pareceu ser, apesar de tudo, de orgulho.
“A gente não esperava nem estar aqui hoje. Eu já estou feliz pela Libertadores. Em janeiro de 2023, eu nem imaginaria que a gente chegaria onde chegou. Dane-se o resultado, chegamos na final”, afirma a torcedora Priscilla Monatti, 32 anos. “Eu sinto orgulho do Fluminense. Ficamos muito nervosos, a gente saberia que seria um jogo difícil. O que vale é que a gente chegou na final, o que era totalmente inesperado”, relata o tricolor Saul Campos, de 39 anos.
O Fluminense chegou à final após superar o Al Ahly, do Egito, por 2 a 0 na última segunda-feira (18), enquanto a equipe inglesa venceu o Urawa Red Diamonds, do Japão, por 3 a 0 na outra semifinal, na última terça (19). Ambos os times ganharam as competições continentais pela primeira vez e buscavam dominar o mundo também de forma inédita. Desta vez, o City levou a melhor.