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Em visita a Niterói, campeão mundial de jet-ski comenta trajetória no esporte

Aos 23 anos, goiano já tem dois mundiais no currículo

relogio min de leitura | Escrito por Felipe Galeno | 18 de março de 2024 - 21:42
Davi Prado é bicampeão mundial em corrida de jet-ski, hexacampeão nacional e campeão em um campeonato europeu
Davi Prado é bicampeão mundial em corrida de jet-ski, hexacampeão nacional e campeão em um campeonato europeu -

Quando o goiano Davi Prado subiu em um jet-ski pela primeira vez aos 3 anos, ele não imaginava que, 20 anos depois, seria um dos nomes mais reconhecidos das modalidades competitivas com moto aquática. Hoje, aos 23, ele é bicampeão mundial em corrida de jet-ski, hexacampeão nacional, além de trazer, na carreira, um título no campeonato europeu.

O jovem atleta, que foi o competidor mais jovem no mundo em torneios de jet ski, esteve em Niterói nesta segunda-feira (18). O piloto conheceu o Campus Niterói da Universidade Salgado de Oliveira (Universo) - faculdade pela qual cursa Educação Física, em Goiânia, e com quem tem parceria em competições. Ele aproveitou a visita para homenagear o pró-reitor Wallace Salgado de Oliveira com um troféu simbólico para celebrar a homenagem.


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Em conversa com OSG, o piloto contou que começou a pilotar inspirado pelo pai, que já era um entusiasta do jet-ski quando ele nasceu. Em 2008 - ainda menor de idade, ele conseguiu permissão judicial para participar de competições e se tornou o piloto mais jovem do mundo a ter permissão para circular e competir com moto aquática.

"Meu primeiro título mundial foi com 12 anos, em 2012, e de lá para cá eu nunca mais parei. Recebi convites para competir em Portugal, fui campeão europeu também e estou indo cada vez mais longe, buscando títulos e indo em locais onde nunca fui antes", conta Davi. Como o sucesso veio cedo, ele hoje, apesar da pouca idade, já é reconhecido como um dos destaques do esporte, que também é jovem no país.

Davi Prado e seu pai, Ézio do Prado, entregam homenagem ao pró-reitor da Universo, Wallace Salgado de Oliveira
Davi Prado e seu pai, Ézio do Prado, entregam homenagem ao pró-reitor da Universo, Wallace Salgado de Oliveira |  Foto: Layla Mussi

"Já tem muitas pessoas que me dizem que foram influenciadas por mim, que começaram a competir porque me viram competir e gostaram bastante", explica o piloto, que além de rodar o mundo em competições nas categorias corrida e freestyle, também se apresenta ocasionalmente em shows de acrobacia em diferentes cidades do Brasil.

Para Ézio do Prado, de 57 anos, pai do atleta, ver o filho trilhar um caminho tão bem sucedido no esporte é um orgulho. O patriarca, que ajudou Davi a iniciar o aprendizado na condução das moto aquáticas, acredita que, mais importante que os títulos, são os aprendizados que ele conseguiu reunir por meio das competições e das parcerias formadas através delas.

"Não obstante ao pouco reconhecimento desse esporte no Brasil, que é mais elitizado, eu agradeço muito a alguma parceira, como por exemplo, a Universo, que faz com que meu filho possa atravessar fronteiras não buscando só títulos, mas também o conhecimento. É um orgulho muito grande ter mais do que um campeão, mas ter um cidadão de bem. Para mim, o maior troféu é a educação", define Ézio.

Imagem ilustrativa da imagem Em visita a Niterói, campeão mundial de jet-ski comenta trajetória no esporte

Davi, que está no último período de Educação Física, concorda que a oportunidade de passar pela universidade mudou sua forma de ver o esporte e a vida. "Lá [na faculdade], eu aprendi muitas coisas que eu nem imaginava que iria aprender e que fizeram total diferença [na minha carreira]. Fui recebido muito bem na Universo. Sempre me falaram que lá tinha uma capacidade muito boa, de professores, matérias. E realmente, comparando com outras faculdades, a Universo é diferenciada", destacou o piloto.

Enquanto se prepara para mais um campeonato, que acontecerá no Uruguai, Davi segue tentando usar esses conhecimentos para fazer com que sua trajetória impulsione a visibilidade do jet-ski no país. "Para muitas pessoas é mais um hobbie. Para mim é uma profissão. No Brasil é mais difícil porque não é todo mundo que reconhece, não é tão valorizado. Então a gente luta para ter um reconhecimento maior, fazer mais campeonatos", conclui o atleta.

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