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Conheça detalhes de como será a Vila Olímpica dos Jogos de Paris 2024

Delegação de ginástica artística do Brasil será a primeira do país a entrar na Vila Olímpica, já no dia de abertura do complexo, em 18 de julho

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 08 de julho de 2024 - 20:55
Vila Olímpica em Paris está próxima de ser aberta para os Jogos
Vila Olímpica em Paris está próxima de ser aberta para os Jogos -

No próximo dia 18 de julho, a Vila Olímpica de Paris abrirá as portas para receber cerca de 14 mil pessoas, entre atletas e comissões técnicas para os Jogos de 2024. O conjunto possui 82 prédios, mas já abriga algumas polêmicas. A falta de aparelhos de ar-condicionado instalados é a maior das questões levantadas. O Comitê Organizador dos Jogos foca no projeto de um bairro ecologicamente sustentável, mas muitas delegações (inclusive a brasileira), defendem o conforto e a saúde dos atletas, já que o verão francês pode chegar a temperaturas superiores aos 40ºC. Outra pauta bastante questionada são a das camas de papelão, apelidadas de "antissexo".

Dez dias antes da abertura da Vila, confira alguns detalhes da estrutura do complexo ao norte de Paris.

O Comitê Organizador dos Jogos de Paris busca promover um evento dos mais 'verdes' da história, reduzindo a emissão da carbono do evento. O ponto principal disso passa pela ausência de ar-condicionado na Vila Olímpica, que gerou algumas polêmicas em relação ao conforto dos atletas e comissão.

A Vila tem prédios em blocos separados, o que permite a circulação das correntes de vento. O bairro é ligado à rede de refrigeração urbana, em um sistema que bombeia a água do rio Sena para tubulações subterrâneas, conseguindo reduzir a temperatura em até 6 graus em relação ao ambiente exterior. 

Algumas delegações acreditam que a geometria não será o bastante para garantir conforto e bem-estar dos atletas. O verão francês pode ultrapassar os 40 graus neste ano. No último verão, cerca de 5 mil pessoas morreram na França por conta do forte calor.


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Diante da pressão de delegações como Estados Unidos, Japão, Grã-Bretanha e Austrália, o Comitê ofereceu a solução: os países bancarem o aluguel de climatizadores temporários ao custo de 300 euros por unidade. Cerca de 2500 aparelhos foram encomendados. Assim, cerca de 35% dos 7000 quartos vão ter um ar-condicionado alugado. Além dos já citados, Brasil, Itália, Holanda, Dinamarca, Canadá e Grécia também alugaram os equipamentos.

Segundo a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, ela respeita os atletas mas diz que pensa no futuro da humanidade: "Tenho muito respeito pelo conforto dos atletas, mas penso muito mais na sobrevivência da humanidade. O que importa para mim são esses prédios. Esses apartamentos vão se tornar um bairro onde as pessoas de Ile Saint Denis, Saint Ouen e Saint Denis viverão. Esses novos prédios não precisarão de ar-condicionado, então estamos trabalhando a longo prazo."

Outra questão polêmica, as camas de papelão foram uma inovação ecológica das Olímpiadas de Tóquio e voltam para os Jogos de Paris. As camas são construídas com materiais 80% recicláveis e suportam até 200kg. Mas ganharam a fama de serem "antissexo" durante os Jogos do Japão. Na ocasião, havia uma regra de proibição de contato íntimo imposta pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). A medida visava evitar surtos de Covid-19.

A fama de "antissexo" das camas de papelão pode ser colocada à prova em Paris. O Comitê Organizador anunciou em março o fim da proibição de intimidade imposta nas Olimpíadas de Tóquio por causa da pandemia. Laurent Michaud, diretor da Vila Olímpica, afirmou que 300 mil camisinhas vão ser distribuídas para os atletas.

O restaurante oficial dos atletas na Vila também aderiu ao plano de sustentabilidade dos Jogos de Paris. O Comitê Organizador reduziu as opções com carne no cardápio para diminuir a pegada de carbono. Os pratos vegetarianos são o destaque do cardápio, que não possui batata frita, um clássico da França. A ideia é fornecer uma alimentação saudável aos atletas. O restaurante também não contará com ar-condicionado, que terá apenas ventiladores.

A seleção brasileira de ginástica artística vai ser a primeira delegação do Brasil a entrar na Vila Olímpica, já no dia de abertura do complexo, em 18 de julho. Todo o Time Brasil vai se alojar no prédio 3, que fica no fundo do bairro. A escolha do COB foi estratégica. Ficou longe do agito da área internacional da Vila, onde há mais circulação de pessoas. Ficou mais perto do restaurante, mais perto do setor de transportes e mais perto da saída de Saint Ouen. O COB montou uma base na cidade, no Chateau de St. Ouen.

Ao término dos jogos, o complexo vai virar um bairro sustentável para 6000 residentes, com duas escolas, um hotel, um parque público, lojas e escritórios. Cerca de 6000 pessoas vão trabalhar na região.

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