Terreno onde Flamengo quer construir estádio não foi descontaminado
Área do Gasômetro pode apresentar perigo de contaminação tóxica
Anunciado nesta terça (09) como parte de leilão organizado pela Prefeitura do Rio, o espaço do antigo Gasômetro, em São Cristóvão, está cada dia mais próximo de se tornar o terreno do estádio do Flamengo, que já manifestou a pretensão de adquiri-lo. Apesar disso, um outro problema antigo envolvendo o terreno pode dificultar a construção da Arena Rubro-Negra no local: o nível de contaminação.
De acordo com pesquisas acadêmicas realizadas na região e com a colunista Berenice Seara, do portal "Tempo Real RJ", o espaço, que funcionou como centro de armazenamento e distribuição de gases, nunca passou por uma descontaminação completa. Inativo desde 2005, o terreno chegou a receber projetos de tratamento, mas os trabalhos nunca foram atestados como concluídos.
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Como o espaço funcionou por décadas com a produção de gases a partir de compostos químicos, todo o solo do terreno pode estar contaminado, sobretudo caso tenham havido vazamentos de tubulação durante o período de funcionamento. A situação atual das taxas de intoxicação que o terreno pode provocar não chegaram a ser pesquisadas recentemente.
Com isso, caso o Flamengo realmente adquira o terreno, o espaço precisaria passar por processos de tratamento extensivo antes da edificação de um estádio no espaço. O custo e o tempo necessário para descontaminar o terreno não foram divulgados, já que o tipo de tratamento depende do nível de contaminação, que ainda não foi avaliado.
Com 88,3 mil metros de extensão, o Terreno do Gasômetro estava sob responsabilidade de um fundo de investimentos administrado pela Caixa Econômica Federal. O clube chegou a negociar a compra do espaço com o banco, mas não chegou a um acordo. No último dia 24 de junho, a Prefeitura do Rio publicou um decreto de desapropriação do espaço, que deve ser submetido a leilão no próximo dia 31 de julho. O lance mínimo é de R$ 138.195.000,00.