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Emoção e surpresas marcam abertura oficial dos Jogos Olímpicos de Paris

Evento aconteceu nesta sexta-feira (26) . 'Passeio' pelo 'coração' da histórica cidade francesa teve percurso de seis quilômetros, com surpresas. Nem chuva estragou a festa

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 26 de julho de 2024 - 19:20
Momentos de emoção marcaram cerimônia de abertura
Momentos de emoção marcaram cerimônia de abertura -

A cerimônia de abertura das Olimpíadas de Paris 2024, nessa sexta-feira (26), foi um passeio mágico pelo coração de Paris, mas que esbarrou em uma certa frieza potencializada pela chuva e dispersão das atrações e momentos ao longo dos 6 km de trajeto. Ainda assim, teve toques de muita emoção, mistério, tensão e medo, como nos melhores contos de fada. E teve seu ápice quando os tricampeões olímpicos franceses Marie-José Perec, do atletismo, e Teddy Rinner, do judô, acenderam juntos a pira olímpica, que subiu aos céus como base de um grande balão.

E o dia foi mesmo inesquecível. Da Ponte de Austerlitz até o Trocadero, aos pés da Torre Eiffel, 85 barcos navegaram pelo Rio Sena, levando delegações, autoridades e celebridades a céu aberto, fora do confinamento dos estádios, onde tradicionalmente a abertura acontece. Nos ancoradouros da Cidade Luz, mais de 300 mil pessoas ignoraram a chuva que insistiu em cair e assistiram ao show de embarcações e de cantores pop, aplaudindo os verdadeiros artistas do espetáculo: os atletas que carregaram as cores e bandeiras dos 205 países representados nos Jogos. 

As cores da bandeira francesa foram predominantes em momentos marcantes
As cores da bandeira francesa foram predominantes em momentos marcantes |  Foto: Divulgação

A primeira parte da cerimônia se chamou Encanto, com personagens de atores vestidos de personagens de histórias infantis, de ratinhos e até croissants, tudo em tons de rosa. O barco com a delegação da Grécia, tradicionalmente a primeira a se apresentar por ter sido o berço das Olimpíadas, abriu o desfile, seguida pelos atletas da Equipe Olímpica de Refugiados. A partir daí, os países entraram em ordem alfabética.

Entre o primeiro barco e os seguintes, Lady Gaga se apresentou na escadaria do Grand Ballet, cercada de dançarinos que seguravam grandes leques de pluma cor de rosa. Na escolha da música, figurino e dança, foi feita uma grande homenagem aos tradicionais cabarés parisienses, em especial ao Moulin Rouge. Pouco depois, no momento mais potente da cerimônia, a banda de metal Gojira e a cantora de ópera Marina Viotti se apresentaram juntos em um palácio às margens do Sena, com um show de música, luzes e serpentinas. 

A delegação brasileira estava animada no barco 'Le Bel Ami' (o belo amigo)
A delegação brasileira estava animada no barco 'Le Bel Ami' (o belo amigo) |  Foto: Divulgação

Brasil -  Para os brasileiros que assistiram ao espetáculo, outro momento de comoção foi na passagem do barco Le Bel Ami ("o belo amigo", em tradução livre para o português), que levou a delegação verde e amarela. O campeão e multimedalhista olímpico Isaquias Queiroz, da canoagem de velocidade, e a capitã da equipe de rugby sevens, Raquel Kochhann, que venceu um câncer de mama e voltou ao esporte, foram os porta-bandeiras do Brasil.


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A cerimônia seguiu um roteiro dividido em 12 partes, cada uma representada por uma palavra que encarna ou o espírito olímpico, ou a alma francesa. Um vídeo com o campeão do mundo de futebol Zinédine Zidane recebendo a tocha abriu a cerimônia. De terno, o ex-jogador franco-argelino correu pela cidade com a chama olímpica, pegou o metrô e entregou a tocha para crianças, que percorreram galerias do metrô até um rio subterrâneo. Lá entraram em um barco a remo conduzido por uma figura mascarada misteriosa.

O encerramento recebeu o nome de Eternidade, destino reservado aos heróis olímpicos. Zidane reapareceu e recebeu a tocha das mãos do mascarado, repassando para o tenista espanhol Rafael Nadal, medalhista de ouro no simples em Pequim 2008 e nas duplas na Rio 2016, e que disputará em Paris suas últimas Olimpíadas. A torre Eiffel foi abraçada por um show de luzes enquanto o tenista levava a chama olímpica em um bote e a revezava com a ginasta romena Nadia Comaneci, o velocista americano Carl Lewis e a tenista americana Serena Williams, todos multicampeões olímpicos.

A tenista francesa Amélie Mauresmo, prata em Atenas 2004, recebeu a tocha em terra firme e a levou até Tony Parker, francês tetracampeão da NBA, que a repassou para três atletas paralímpicos. Uma série de medalhistas franceses foi passando a chama de mão em mão até Teddy Rinner e Marie-José Perec. Agora é torcer que o Brasil consiga uma performance histórica. E quem venham os jogos!

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