Flamengo arremata, em leilão, o terreno para construir seu estádio
Previsão de fim das obras, no Gasômetro, é para o ano de 2029
Em leilão realizado no auditório do Centro Administrativo São Sebastião, no Centro do Rio de Janeiro, o Flamengo finalmente conseguiu arrematar o desejado terreno do Gasômetro para a construção do seu estádio próprio. O valor, que era o lance mínimo, ficou em R$ 138.195.000,00. O clube foi candidato único e agora tem 5 dias para efetuar o pagamento à vista na conta indicada pela Prefeitura do Rio de Janeiro.
O Presidente do Flamengo, Rodolfo Landim comemorou o feito: "Passo importantíssimo para a concretização do sonho de uma nação de quase 50 milhões de pessoas. Tem muita coisa para acontecer ainda, mas saímos com sentimento de missão cumprida até esse momento. Quando eu assumi não tinha nada, tinha alugado um estádio pequeno, com refletor caído na Ilha do Governador. Conseguimos o Maracanã, que era um sonho, e agora estamos dando um passo muito grande para ter o nosso estádio. Acho que sendo a maior torcida do país e o maior clube, o limite do Flamengo é o céu. Tudo é possível com o Flamengo."
Landim também pediu para que os torcedores não batizem o estádio: "Um dos grandes potenciais que temos de arrecadação de receita são os naming rights, o nome que vamos dar. Então espero que ninguém nem apelide o estádio por enquanto porque isso vale dinheiro para o Flamengo. Vamos procurar interessados que queiram associar o seu nome ao estádio. Pode ter (nome fantasia), mas o oficial vai ter o nome com alguma grande empresa ou fundo que possa aportar recursos."
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O leilão foi realizado em hasta pública, modalidade nova no país com um fim específico para uso do terreno (no caso, com a obrigatoriedade de o vencedor construir um estádio no local). O presidente rubro-negro Landim bateu o martelo junto com o prefeito Eduardo Paes. Vários dirigentes do clube compareceram usando uma camisa do Flamengo escrita "estádio" e com o número 29 às costas, referente ao ano de 2029 do prazo para inauguração da arena.
Após uma batalha na Justiça, o leilão enfim aconteceu. A Caixa Econômica Federal, administradora do fundo privado que era dono do terreno, tentou por duas vezes, sem sucesso, anular o decreto do prefeito Eduardo Paes que desapropriou a área. Na última terça-feira (30), porém, a 7ª Vara Federal do Rio acatou uma ação popular e concedeu liminar suspendendo o processo. Mas, no mesmo dia, a Procuradoria Geral do Município entrou com recurso, e a liminar foi derrubada, possibilitando o evento.