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Flamengo de luto: Adílio, ídolo e campeão do mundo, morre aos 68 anos

Adílio foi o terceiro jogador que mais vestiu a camisa rubro-negra na história; Ex-atleta lutava contra um câncer

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 05 de agosto de 2024 - 14:07
Grande ídolo da história do Flamengo, Adílio morreu vítima de um câncer no pâncreas
Grande ídolo da história do Flamengo, Adílio morreu vítima de um câncer no pâncreas -

O Flamengo está de luto nesta segunda-feira (5). Morreu, aos 68 anos, um dos maiores ídolos do clube e terceiro jogador que mais vestiu a camisa rubro-negra na história: Adílio. O craque lutava contra um câncer no pâncreas e estava internado em um hospital na Freguesia de Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio. Seu quadro de saúde piorou na última semana, com o avanço da doença.

Nascido em 15 de maio de 1956, Adílio de Oliveira Gonçalves estreou nos profissionais do Flamengo em 27 de abril de 1975, quando tinha apenas 18 anos. O "Brown", como era chamado por seus companheiros por causa de sua adoração ao cantor americano James Brown, vestiu a camisa rubro-negra até 1987 e marcou 129 gols, tornando-se o 14º maior artilheiro do clube com 129 gols.


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Com a camisa rubro-negra, Adílio conquistou cinco Cariocas (1978, 1979 duas vezes, 1981 e 1986), três Brasileiros (1980, 1982 e 1983), uma Libertadores e um Mundial de Clubes (ambos em 1981), com direito a gol nas finais do Mundial, contra o Liverpool, da Inglaterra; do Brasileiro de 1983, diante do Santos, e no Carioca de 1981, contra o Vasco. Em 2019, o Flamengo homenageou o ídolo com um busto, esculpido pelo artista Eduardo Santos, em sua sede na Gávea.

Adílio foi campeão mundial pelo Flamengo, em 1981, com direito a gol na final
Adílio foi campeão mundial pelo Flamengo, em 1981, com direito a gol na final |  Foto: Arquivo

Outro gol muito marcante de Adílio foi o que garantiu o pentacampeonato da Taça Guanabara, em 1982. Aos 45 minutos, ele tocou por baixo do goleiro vascaíno Mazaropi e saiu para o abraço com o placar final de 1 a 0.

Habilidoso e criativo, Adílio formou com Zico e Andrade o melhor meio-campo da história do Flamengo. A qualidade de passe era uma das maiores virtudes do camisa 8, sempre precisos e na medida certa.

Em nota, o Flamengo publicou uma mensagem de agradecimento ao "anjo rubro-negro que voa rumo à eternidade".

"As asas de um moleque sonhador o fizeram superar qualquer muro. Os campos da Gávea construíram amizades angelicais. Seus pés pareciam flutuar com a bola nos pés e foi assim que Adílio conquistou o mundo vestindo o Manto Sagrado. Seu sorriso, sua generosidade e sua bondade encantaram a quem o conheceu. O símbolo máximo do rubro-negrismo expresso no abraço infinito: comemorar gol de título com os braços rumo aos céus, dando jeito para cabermos milhões de nós na catarse de euforia, amor e paixão. Seus gols, dribles e comemorações marcaram para sempre a história do Mais Querido. Todo rubro-negro tem o privilégio de poder reverenciar o "Brown" como integrante da prateleira mais alta do nosso panteão. Hoje, nos despedimos do nosso Camisa 8, mas para nossa sorte, assim como o traçado do número eternizado, Adílio é infinito", disse a nota oficial do clube. 

O "Brown" vestiu a camisa rubro-negra até 1987 e marcou 129 gols
O "Brown" vestiu a camisa rubro-negra até 1987 e marcou 129 gols |  Foto: Arquivo

Além do Flamengo, o ex-jogador também atuou pelo Coritiba, Barcelona de Guayaquil (Equador), Alianza Lima (Peru) e, no fim da carreira, por clubes do interior do Rio de Janeiro, como América de Três Rios, Friburguense e Barreira

Após encerrar a carreira nos gramados, Adílio também fez sucesso como jogador de futsal, atuando como ala-pivô, e foi campeão do Mundial de Futsal pelo Brasil em 1989. Também chegou a trabalhar como treinador em equipes de base do Flamengo e foi tricampeão carioca sub-20 em 2005, 2006 e 2007. O ídolo do Flamengo nunca se desligou do clube do coração e nos últimos anos atuou como líder do Fla Master, que faz partidas por todo o país.

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