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Fla divulga balancete do 2º trimestre com déficit de R$ 79 milhões

Diretoria considera resultado normal e projeta superávit no final do ano

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 13 de agosto de 2024 - 18:26
Compra de terreno para construção do seu estádio fez o Flamengo gastar R$ 138 milhões de seu orçamento
Compra de terreno para construção do seu estádio fez o Flamengo gastar R$ 138 milhões de seu orçamento -

O Flamengo divulgou, nesta terça-feira (13), o demonstrativo financeiro do segundo trimestre do ano de 2024. Até o dia 30 de julho, o clube registrou um déficit de R$ 79,5 milhões, mas R$ 209,4 milhões em caixa, segundo o documento.

Desse valor, sobram R$ 28,3 milhões após o clube da Gávea gastar R$ 138,1 milhões (66%) para comprar o terreno do Gasômetro, para a construção de seu estádio. O balancete do primeiro trimestre do ano também mostrava um resultado negativo de R$63 milhões. O déficit do primeiro semestre é considerado normal, segundo a diretoria rubro-negra. O documento foi assinado pelo presidente do clube Rodolfo Landim.

O Flamengo destacou, no balancete, que os R$ 209,4 milhões que havia em caixa no final de junho são R$ 74 milhões a mais do que o obtido no primeiro trimestre, mesmo tendo investido R$ 191 milhões em contratações no começo da temporada. O clube ainda informou que "quitou todos os seus empréstimos bancários e, no seu balanço patrimonial, não constam passivos onerosos".


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O clube ainda tem a pagar R$ 271,7 milhões referentes à compra de jogadores, sendo R$ 177,8 milhões no curto prazo (próximos 12 meses a partir de julho de 2024) e R$ 93,98 milhões parcelados a partir de julho de 2025. Essas quantias são maiores do que aquela que o clube tem a receber por vendas já feitas: R$ 208,8 milhões, sendo R$ 165,2 milhões no curto prazo e R$ 43,7 milhões no longo. A diretora do Fla, apesar disso, afirma que mesmo com a situação não será necessário vender atletas ou realizar empréstimos.

O documento emitido pelo clube conclui o seguinte: "Terminamos esse primeiro trimestre registrando um déficit acumulado de R$ 79,5 milhões. Este resultado é inferior em cerca de R$ 121 milhões ao resultado do 2T2023 (positivo em R$ 41,5 milhões), uma vez que o resultado daquele semestre foi fortemente impactado pela venda dos direitos do jogador João Gomes na janela de início de ano, que gerou uma receita não recorrente de R$ 103 milhões.

Entendendo melhor a variação das receitas recorrentes, que não incluem venda de atletas, observa-se uma leve redução em relação ao mesmo período do ano anterior: R$ 458,8 milhões de receita recorrente contra R$ 469,5 milhões em 2023, o que não gera preocupações de longo prazo, uma vez que esse desempenho se deu por conta da redução pontual de receitas de participação em competições, já que no ano anterior disputamos mais competições no primeiro trimestre (Recopa Sul-Americana, Supercopa do Brasil e Mundial de Clubes).

Concluindo, este resultado deficitário no primeiro semestre é natural e esperado, em função da sazonalidade típica das receitas da indústria do futebol. Nossa estimativa atual permanece de um resultado superavitário em 2024, o que nos permitirá seguir de forma sustentável, disputando as principais colocações nas competições de que participamos".

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