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Torcida do Peñarol denuncia 'tortura' e 'violência policial' sofrida após confusão no Rio

Polícia Militar nega acusações e diz que estrangeiros foram 'tratados com máximo respeito'

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 25 de outubro de 2024 - 17:37
Torcedores do Peñarol após tumulto generalizado no Rio
Torcedores do Peñarol após tumulto generalizado no Rio -

A torcida organizada "Barra Amsterdam", do Peñarol, emitiu um comunicado nesta sexta-feira (26), denunciando que integrantes sofreram tortura e violência policial após a confusão generalizada na Praia do Recreio, na Zona Oeste do Rio.

O total de torcedores detidos chegou a 233 na ocasião. A Polícia Civil repudiou a acusação e disse que os detidos foram tratados com máximo respeito. O jornal uruguaio El País reproduziu a declaração feita pelos torcedores nas redes sociais: "A violência institucional da Polícia Militar brasileira não terminou junto com a repressão, avançou com a detenção arbitrária de quase 300 torcedores, entre mulheres com crianças, idosos, pessoas com deficiência e doenças crônicas."

A organizada do clube uruguaio também alegou que foram espancados e que a ação violenta dos policiais foi documentada em vídeo: "As torturas que receberam nas delegacias, os tremendos espancamentos que violam os direitos humanos dos detidos e os tratados internacionais. Tudo isso documentado em material audiovisual, também foram obrigados a assinar documentos de que não sofreram tortura. (...) As mulheres também receberam tratamento desumano com espancamentos, foram separadas de seus filhos menores, e as prisões não foram registradas. Hoje há 22 torcedores detidos acusados ​​de crimes diversos. Sabemos que esta é uma estratégia, usar a caça humana para justificar a repressão com a ajuda da mídia local."


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A Polícia Civil, através de uma nota, repudiou as acusações a afirmou que os estrangeiros foram tratados com respeito: "A Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol) repudia as alegações. Todos os cerca de 350 uruguaios que foram conduzidos à Cidade da Polícia após o tumulto e os crimes praticados no Recreio dos Bandeirantes foram tratados com o máximo respeito. Eles foram acomodados no Auditório, espaço onde são realizados os eventos mais importantes da Polícia Civil, com ar condicionado, assentos confortáveis e acesso aos banheiros. Ambulâncias foram disponibilizadas para atender qualquer um que necessitasse e, por meio de uma parceria com a Cedae, foi oferecida água durante todo o período. As mulheres e idosos foram deslocados para outro ambiente, e os menores ficaram com seus responsáveis. Todo o trabalho foi realizado com base na legislação vigente e acompanhado por representantes do Consulado do Uruguai. A narrativa dos criminosos detidos, que inclusive vão responder também pelo artigo 201 do Estatuto do Torcedor, visa a descredibilizar o trabalho da instituição, que identificou os envolvidos e individualizou as condutas, comprovando a responsabilidade de 22 criminosos, que foram presos por delitos diversos, bem como de um adolescente que foi apreendido."

O governador do Rio, Cláudio Castro, afirmou na quarta-feira (24), que os torcedores do Peñarol envolvidos na confusão generalizada seriam escoltados para fora do Rio pela Polícia Militar. Dos 233 detidos após os confrontos no Recreio, cerca de 22 permanecem em prisão aguardando processo judicial pelos crimes de roubo, furto, injúria racial e incêndio.

Castro afirmou, durante coletiva: "O Rio não é lugar de baderna. Determinei que as polícias prendam, levem para a delegacia e escoltem para fora do Rio de Janeiro os torcedores do Peñarol, que causam uma confusão generalizada na Zona Oeste. Já estamos levando para a Cidade da Polícia mais de 200 detidos".

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