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Bruno Henrique é alvo de operação da PF que investiga manipulação

Atacante do Flamengo é investigado por forçar cartão para beneficiar amigos e parentes em apostas

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 05 de novembro de 2024 - 09:47
O atacante rubro-negro é investigado por ter forçado cartão amarelo para beneficiar amigos e parentes em apostas
O atacante rubro-negro é investigado por ter forçado cartão amarelo para beneficiar amigos e parentes em apostas -

A Polícia Federal (PF), com o apoio do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), realiza nesta terça-feira (5) a Operação Spot-fixing, para apurar possível manipulação do Campeonato Brasileiro de 2023. Um dos endereços da investigação é o Ninho do Urubu, centro de treinamento do Flamengo, em Vargem Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Entre os alvos da operação estão o jogador Bruno Henrique e apostadores. O atacante Rubro-Negro é investigado por ter forçado cartão amarelo para beneficiar amigos e parentes em apostas.

Mais de 50 agentes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (Gaeco-MPDFT) e da Coordenação de Repressão à Corrupção da Polícia Federal (PF) cumprem 12 mandados de busca e apreensão contra os envolvidos.


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Os mandados são cumpridos na residência de todos os investigados, incluindo a casa de Bruno Henrique, na Barra da Tijuca; na sede única das empresas DR3 – CONSULTORIA ESPORTIVA LTDA e da BH27 OFICIAL LTDA, que têm o atleta como sócio, em Lagoa Santa (MG), e no quarto de Bruno Henrique no Centro de Treinamento do Flamengo, o Ninho do Urubu. Endereços em Lagoa Santa, Ribeirão das Neves e Vespasiano, em Belo Horizonte, Minas Gerais, também são alvos.

Além do atleta, também são alvos Wander Nunes Pinto Junior, irmão de Bruno Henrique; Ludymilla Araujo Lima, cunhada dele; Poliana Ester Nunes Cardoso, prima do jogador; o casal Claudinei Vitor Mosquete Bassan e Rafaela Cristina; e Elias Bassan, Henrique Mosquete do Nascimento, Andryl Sales Nascimento dos Reis, Douglas Ribeiro Pina Barcelos e Max Evangelista Amorim. Todos são residentes de Belo Horizonte, cidade natal de Bruno Henrique.

A investigação começou a partir de uma comunicação da Unidade de Integridade da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Relatórios da International Betting Integrity Association (IBIA) e da Sportradar, responsáveis pela análise de risco, levantaram suspeitas de manipulação no mercado de cartões durante uma partida do Campeonato Brasileiro.

No decorrer da apuração, dados obtidos junto às casas de apostas, através dos representantes legais designados pela Secretaria de Prêmios de Apostas do Ministério da Fazenda (SPA/MF), indicaram que as apostas foram feitas por parentes do jogador, além de um outro grupo que ainda está sob investigação.

Durante a partida, foi confirmado que o atleta recebeu um cartão. Essa situação, em tese, configura um crime contra a incerteza do resultado esportivo, tipificado na Lei Geral do Esporte, com penas que variam de dois a seis anos de reclusão.

A partida suspeita em que o jogador teria forçado cartão aconteceu em 1 de novembro de 2023, contra o Santos, que terminou em 2 a 1 para a equipe paulista. Nos cinco minutos de acréscimo do segundo tempo da partida, segundo a súmula da partida, Bruno Henrique levou primeiro um cartão amarelo por acertar um adversário na disputa da bola e, logo na sequência, recebeu o cartão vermelho por ofender o árbitro.

Ainda segundo a CNN, sabendo que o jogador provocaria ao menos um dos cartões, seu irmão, cunhada e prima criaram, na véspera da partida, contas em casas de aposta virtual e realizaram palpites.

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