Reynaldo Gianecchini publica fotos caracterizado de drag
O ator recebeu muitos elogios, mas também foi alvo de comentários homofóbicos
Caracterizado para o musical Priscilla, a Rainha do Deserto, o ator Reynaldo Gianecchini, divulgou as imagens de seu personagem no Instagram no dia (18), e lembrou do Dia Internacional contra a LGBTfobia, que foi comemorada na última sexta-feira (17).
“Ontem foi Dia Internacional da Luta Contra LGBTfobia! As fotos são da preparação para viver uma drag em @priscillarainhadodesertobr. Eu tenho muito orgulho de fazer esse espetáculo e tô loko pras vocês virem com a gente!”, comentou Gianecchini na legenda da foto.
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Ele recebeu eleogios. “Eu sou hétero e não incomoda, aliás não deveria incomodar ninguém. Nunca me atraí por homem nem por personagem, mas sempre gostei de todos os bons talentos da TV. Ele, com certeza, é um bom profissional e boa pessoa, pois transparece no sorriso. As pessoas estão doentes por se acharem donos da razão e das escolhas alheias. Deveria ser assim: se te faz feliz, seja feliz. Felicidade não devia incomodar ninguém”, comentou um fã.
Entretanto, também houve algumas falas homofóbicas. “Saudade da minha infância! Naquele tempo não tinha nada disso!!”, confessou uma. “Nossa, quem é a moça ou melhor, senhora?”, perguntou outro. “Decepcionada é pouco. Meu namorado de infância se tornou isso. 😢😢😢”, afirmou outro internauta.
Revoltados os fãs saíram em defesa do ator. “Gente, quanto comentário amargo, eu hein. Ele já falou sobre sua sexualidade. Pra quê tanta crítica?”, perguntou uma. “Que raiva desse povo falando besteiras nos comentários”, detonou outra. “É tanta ignorância nos comentários. E aí a gente entende o porquê de muita coisa! 😢”, disse uma terceira.
Em entrevista para a Veja em setembro do ano passado, Reynaldo Gianecchini declarou que a sociedade brasileira ainda vê a homossexualidade como tabu.
“A gente é um país ainda muito reprimido, isso é uma das coisas mais terríveis, mais causadoras de problemas. Somos sexualmente reprimidos. Por isso as pessoas querem cuidar da sexualidade alheia, saber se o ator é não sei o quê. Se você está reprimido, julga o outro, porque não quer olhar para sua direção” declarou o ator.
Outro ponto abordado na entrevista por Gianecchini é a dificuldade de ser homem na sociedade machista em que o Brasil está inserido. “Ser homem no Brasil desde criança é difícil, porque você geralmente é criado para ser um menino que tem que ser duro, bom no esporte, viril, que não pode chorar” afirmou.
Ele ainda mencionou como essa situação afeta sua vida desde a infância. “Sempre fui muito sensível, fui criado por mulheres, em uma família de mulheres. Então sempre achei difícil viver nesse mundo masculino”, finalizou.