Iza e Ludmilla comemoram lançamento de projeto em conjunto
No final de junho, a dupla lançou nas plataformas digitais o "Lud Session #4"
As cantoras Ludmilla e Iza, após muitos pedidos de fãs, decidiram lançar um projeto em conjunto no final de junho. O 'Lud Session #4', após um mês de lançamento, já conta com milhões de streams no Spotify e visualizações no YouTube. Em entrevista, as artistas falaram sobre o projeto e a vontade de não só mostrar a importância feminina na música, mas também a força da mulher negra.
"Esse projeto tem um significado muito profundo para mim. É uma celebração não só da nossa música, mas também da nossa representatividade. Ser uma das artistas pretas de destaque no cenário musical, junto com a Iza, é uma responsabilidade e um privilégio. Estamos mostrando para o mundo a força e o talento das mulheres pretas, e isso é extremamente poderoso", afirma Ludmilla.
Iza considera também que o projeto veio em um momento muito bom, já que, grávida, ela diminuiu seu número de shows e eventos: "Acho que a maternidade tem me feito desacelerar um pouco e, ao mesmo tempo, olhar para os convites com carinho, sabe? Eu tenho saído de casa para fazer aquilo que amo muito com pessoas que admiro muito".
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As cantoras entendem a importância que têm para meninas e mulheres negras no país, tanto na relação dessas jovens enxergarem nelas um exemplo de mulheres que não nasceram em uma realidade de grandes condições financeiras e mudaram a vida da família através da arte, quanto no lado estético, trazendo a mensagem para todas as mulheres negras se acharem bonitas, aceitarem seus cabelos e amarem sua negritude.
Quando perguntadas sobre o tema, a dupla respondeu: "A representatividade feminina é essencial porque mostra para todas as meninas e mulheres que elas podem ser o que quiserem, que têm força e capacidade de conquistar o mundo. Eu uso minha voz para inspirar outras mulheres, falando sobre nossas lutas, nossas vitórias e as encorajando a seguirem seus sonhos, a não desistirem diante das dificuldades. A gente tem que se apoiar e se empoderar sempre", diz Ludmilla.
"Eu acho que muitas pessoas acabam se sentindo representadas por mim por conta da minha origem, da minha aparência, e isso me deixa muito feliz. É algo que me dá cada vez mais vontade de trabalhar. A representatividade feminina é muito importante. Temos dado passos de formigas, mas é impossível dizer que exista igualdade; é impossível dizer que respondemos às mesmas perguntas de um homem em uma entrevista, por exemplo. Muitas coisas precisam mudar, e quanto mais de nós estivermos por aí, melhor. Porque é isso: eu represento algumas mulheres, não dá para representar todas. Precisamos de muitas de nós para que todas possamos nos sentir representadas", conclui Iza.