Nego Di consegue liberdade provisória após 130 dias preso
Humorista é réu por participação em suposto esquema de produtos que não teriam sido entregues por loja virtual
O humorista Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, teve a liberdade provisória concedida pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ), nesta quarta feira (27). O influenciador é réu por estelionato e lavagem de dinheiro e estava preso desde julho na Penitenciária Estadual de Canoas, no Rio Grande do Sul.
A decisão impõe medidas cautelares para Nego Di, como comparecer periodicamente em juízo para justificar suas atividades, proibição de mudar de endereço sem autorização judicial, como também de se ausentar da comarca sem prévia comunicação. Ele também teve seu passaporte recolhido e está proibido de frequentar e usar as redes sociais.
O comediante e seu sócio, Anderson Boneti, são acusados de envolvimento em um suposto esquema virtual, onde eles teriam montado uma loja, vendiam produtos, mas não realizavam a entrega.
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Segundo o Tribunal de Justiça, o influenciador e o sócio teriam lesado mais de 370 pessoas com vendas pelo site 'Tadizuera' entre 18 de março e 26 de julho de 2022.
A apuração da Polícia Civil indica que a movimentação financeira em contas bancárias ligadas ao humorista na época passou de R$ 5 milhões. Usuários relataram que compraram produtos como televisores, eletrodomésticos e celulares na página virtual, mas não teriam recebido os itens, nem a devolução do dinheiro.
A Polícia Civil afirma que Nego Di usava a própria imagem para aumentar o alcance dos anúncios pela internet. Isso fez com que houvesse supostas vítimas até de fora do Rio Grande do Sul.