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Bruno Henrique do Flamengo é indiciado pela Polícia Federal por forçar cartão amarelo e beneficiar apostadores

O lance ocorreu em 2023 em uma partida contra o Santos

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 16 de abril de 2025 - 15:46
Bruno Henrique foi indiciado pela Polícia Federal
Bruno Henrique foi indiciado pela Polícia Federal -

O atacante Bruno Henrique do Flamengo, foi indiciado pela Polícia Federal por supostamente ter forçado um cartão amarelo em uma partida contra o Santos, no Campeonato Brasileiro de 2023, beneficiando apostadores. A investigação encontrou mensagens comprometedoras em conversas do atleta com seu irmão. 

Wander Nunes Pinto Júnior, irmão do atleta, também foi indiciado, além de Ludymilla Araújo Lima, esposa de Wander, e Poliana Ester Nunes Cardoso, prima do jogador. Os três apostaram que o jogador receberia cartão na partida em questão. Além dos familiares, outros nove apostadores também foram indiciados, todos são amigos de Wander, segundo as investigações. 

Bruno Henrique e seu irmão foram indiciados no artigo 200 da Lei Geral do Esporte – fraudar, por qualquer meio, ou contribuir para que se fraude, de qualquer forma, o resultado de competição esportiva ou evento a ela associado –, com pena de dois a seis anos de reclusão, e estelionato, que prevê pena de um a cinco anos de prisão. Os demais foram indiciados por estelionato. 


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Um relatório de 84 páginas foi entregue ao Ministério Público, que decidirá se o jogador se tornará réu. Em celulares obtidos na investigação e analisados pela PF, Wander pergunta para Bruno Henrique quando que ele receberia o terceiro cartão amarelo e o atleta responde que seria contra o Santos. 

"O tio está com 2 cartão no Brasileiro?", perguntou Wander. "Quando o pessoal mandar tomar o 3, liga nós hein", disse após o jogador confirmar que estava pendurado. "Contra o Santos", respondeu Bruno Henrique.

O irmão do atleta havia apostado R$ 3 mil para ganhar R$ 12 mil, porém a casa de apostas bloqueou o dinheiro devido suspeita. Wander mandou mensagem para o jogador falando sobre o assunto; "No dia que você me deu a ideia do cartão, eu apostei R$ 3 mil para ganhar R$ 12 mil. Só que até hoje eles (a casa de apostas) não pagou, eles colocou a aposta sobre análise e o dinheiro está todo preso lá. Aí estava pensando, me ajuda nessa aí com R$ 10 mil só para resolver minhas coisas até esse dinheiro sair", disse na mensagem.

A investigação teve início no ano passado e chegou ao STJD em agosto, mas o órgão alegou que os relatos "não eram suficientes" para a instauração de um inquérito. O Flamengo informou em nota que ''defende, por igual, a aplicação do princípio constitucional da presunção de inocência e o devido processo legal, com ênfase no contraditório e na ampla defesa, valores que sustentam o estado democrático de direito''. O atleta está relacionado para a partida desta quarta (16) contra o Juventude, pelo Brasileirão.

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