Grupo de ex-colegas de turma se unem para ajudar colega em situação difícil
Leandra foi diagnosticada com depressão e síndrome psicossomática
Faltando poucos dias para o Natal de 2020, o grupo de Whatsapp que reúne amigos de uma mesma turma da faculdade de Comunicação Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), do ano de 2003, soou com mensagem. Era um apelo: “Pessoal, vi um comentário nas redes sociais com um pedido de ajuda, era da Leandra, que estudou com a gente. Ela está numa situação difícil”. O alerta, feito pela relações-públicas Simone Reboredo, sensibilizou o grupo que andava silencioso fazia algum tempo. A situação da jornalista Leandra Ferreira, 36 anos, era crítica. Após uma série de revezes na vida, ela foi acometida por depressão profunda, o que ocasionou uma síndrome psicossomática, e encontrava-se acamada já por cinco meses, vivendo de favor na casa de parentes, em São Gonçalo, Rio de Janeiro.
Desempregada e sem renda, ela lutava para conseguir tratamento psicológico.
Dispostos a iniciar um movimento para mudar a triste realidade de Leandra, os amigos logo se dividiram em tarefas e entre centenas de mensagens trocadas elaboraram iniciativas como a criação de uma vaquinha virtual para ajudar a finalizar uma casa que os pais deixaram para Leandra e encontra-se inacabada, ainda no tijolo, e uma rifa para angariar recursos, após a jornalista Camila Dantas oferecer um fim de semana de estadia no Hotel Fazenda Vale Encantado, de propriedade da sua família, como prêmio.
Os 100 números da rifa se esgotaram em apenas um dia. Na semana do Natal foi realizado o sorteio, e daí veio uma surpresa, daquelas que costumam acontecer em contos natalinos: a ganhadora da rifa, a jornalista Alessandra Ribas, decidiu abrir mão do prêmio para que outra rifa possa ser organizada, revertendo mais fundos para o auxílio a Leandra.
“Eu só participei para ajudar mesmo, não tinha a intenção de ganhar. Era mais uma forma de contribuição. Se for possível, eu abro mão para vocês fazerem outra rifa", declarou a ganhadora.
Na mesma semana, a jornalista Thais Moraes conseguiu tratamento psicológico gratuito para Leandra, ofertado pela amiga psicóloga Marcia Defelippe.
As iniciativas do grupo foram o começo da campanha por Leandra, que precisa de pelo menos R$30.000 para concluir as obras na casa deixada pelos pais e poder ter um local digno para terminar sua recuperação.
"Já planejamos novas rifas e outras ações para conseguirmos arrecadar mais dinheiro. Mas, ainda estamos longe do valor necessário para construir um novo lar para Leandra, que também precisa ser acessível, já que hoje ela está semi-acamada e com mobilidade reduzida. Toda ajuda é super bem-vinda, seja divulgando nossas ações para os amigos, com doação direta ou até mesmo em forma de cimento, piso, tinta. Todo apoio nos coloca mais próximos da recuperação da Leandra", afirma a relações-públicas Roberta Lessa, idealizadora da primeira rifa.
Quem quiser entrar nessa corrente para ajudar Leandra Ferreira a voltar a ser dona da sua história, o contato para receber os dados bancários é: Whatsapp: 21 98736-2946.
Mais informações da campanha e fotos da casa podem ser encontrados em uma página no Instagram criada para a campanha.