UFRJ e Maricá assinam protocolo de intenções para pesquisas em Saúde
Projetos de pesquisa voltados à COVID-19 serão priorizados
Na última quinta-feira, 18/2, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) assinou um protocolo de intenções com a Prefeitura de Maricá para desenvolver projetos de pesquisa científica na área da Saúde no município.
A prioridade são pesquisas relacionadas ao combate à COVID-19. O protocolo abrange outras áreas, como logística emergencial, gestão de riscos, infraestrutura urbana, mobilidade, habitação, educação, assistência social e meio ambiente.
“Esta é a oportunidade de a UFRJ perpetuar aquilo que já vem fazendo ao longo de 100 anos na sociedade brasileira. Temos atuado capilarizando a produção do conhecimento, a formação de recursos humanos qualificados em diversos estados, não somente no Rio. É nossa tradição e missão social ir além da formação de profissionais altamente qualificados. A produção de conhecimento é o modelo de universidades que faz os países avançarem e, no Brasil, a UFRJ cumpre esse papel, sem esquecer de que Ciência de qualidade também se produz com solidariedade, compromisso, paixão e junto à sociedade", afirmou Denise Pires de Carvalho, reitora da UFRJ
Além da reitora, estiveram no encontro o vice-reitor Carlos Frederico Leão Rocha e o chefe do Laboratório de Virologia Molecular do Instituto de Biologia da UFRJ, Amilcar Tanuri. Os anfitriões foram Fabiano Horta (PT), prefeito da cidade; Diego Zeidan (PT), vice-prefeito de Maricá; e Celso Pansera, diretor do Instituto de Ciência, Tecnologia e Inovação de Maricá (Ictim).
“Nós já estamos trabalhando com a UFRJ ao longo da pandemia, mas queremos ampliar esse leque de ações. Queremos olhar para o futuro, com objetividade, como o que está pautado nesse protocolo”, afirmou o prefeito. “O nosso maior desafio como ente público é cruzar as fronteiras. O Ictim vem exatamente com o objetivo de dialogar para fora. A UFRJ, como parceira, reafirma a dimensão da pesquisa, do saber, do conhecimento. (…) Ter a UFRJ conosco de uma maneira sólida é uma grande motivação e reafirmação de políticas públicas para a cidade de Maricá”, destacou Horta.
Segundo Pansera, nos próximos dias, Maricá apresentará os primeiros 250 respiradores não invasivos, um produto fruto de uma encomenda tecnológica feita pela cidade a uma empresa incubada no Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia (Coppe/UFRJ).
“Estamos criando uma espécie de guarda-chuva com a UFRJ para o que vier decorrente desse apoio nos próximos anos. Assim, a Universidade poderá nos ajudar a desenvolver polos tecnológicos, modernizar e criar vocações econômicas para a cidade de Maricá. Nosso papel hoje do Ictim é ajudar a criar uma dinâmica mais inovadora e dar mais um passo nesse compromisso com Maricá”, completou Pansera.
A cidade de Maricá estuda a implantação de um laboratório de pesquisa de alta complexidade com a parceria da UFRJ, que já colabora com o município desde a criação do Laboratório de Diagnóstico Molecular Dr. Francisco Rimolo Neto (Lacen/Maricá). Até agora, foram realizados mais de 13 mil testes.
Para o professor Amilcar Tanuri, chefe do Laboratório de Virologia Molecular do Instituto de Biologia da UFRJ, o próximo desafio é dar continuidade ao estudo do Sentinela, uma pesquisa de amostragem e testagem da população para COVID-19, como recomenda a Organização Mundial da Saúde (OMS). “Estamos terminando um estudo para saber a variabilidade genética do vírus e descobrir se há alguma variante específica. Maricá foi muito importante para os testes de antígenos, o município nos dá o apoio necessário”, disse Tanuri.