Professor é acusado de espancar e quebrar braço de enteado cego em SG
A mãe do jovem também foi indiciada por omissão
Um professor da rede estadual é acusado de ter espancado o próprio enteado com um pedaço de madeira, acertando-o com um golpe na cabeça e depois outro no braço. O jovem, de 22 anos, que possui deficiência visual, teve um dos braços quebrados por conta da agressão. O caso aconteceu na residência onde morava o rapaz, o padrasto e a mãe, no bairro Pita, em São Gonçalo, em agosto de 2020. A investigação e o inquérito foram concluídos recentemente.
Estudante da Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói, o jovem relatou ao pai o porquê estava com o braço quebrado e o que tinha acontecido na casa da mãe, que também é professora e atualmente leciona na rede municipal do Rio. O jovem e o pai foram juntos fazer a denúncia à 73º DP (Neves), onde o caso foi registrado e investigado.
À polícia, o padrasto confirmou que agrediu o jovem e a mãe confirmou que presenciou a agressão e não tentou impedir o padrasto de agredir o próprio filho com um pedaço de pau. O padrasto e a mãe foram indiciados por lesão corporal grave, com o agravante da vítima ser deficiente. A mãe, além de ter sido indiciada por lesão corporal grave com agravante, também irá responder por omissão de socorro. Após o episódio, o jovem deixou a casa onde a mãe mora com o padrasto e está vivendo atualmente com o pai.
A mãe e o padrasto não tiveram o pedido de prisão preventiva solicitado pelo delegado de polícia porque ambos têm residência fixa, trabalho formal, estão identificados e "não há risco iminente de nova agressão", já que o jovem deixou a casa onde foi agredido pelo padrasto. Portanto, não havendo motivos para o pedido de prisão cautelar.
No entanto, o inquérito foi relatado e enviado pelo Delegado de Polícia para o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), que deverá tomar as medidas cabíveis e apresentar o caso à justiça. Todo o resultado das investigações realizadas pela delegacia e as provas estão no inquérito, assim como o fato de o acusado ter confirmado as agressões. Questionado sobre o caso, o MP-RJ ainda não retornou o contato.
*Estagiário sob supervisão de Thiago Soares