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Proibidas pela Anvisa, câmaras de bronzeamento artificial são sucesso em clínicas de São Gonçalo

A Prefeitura disse que vai apurar as denúncias e punir os responsáveis

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 06 de março de 2021 - 17:37
O procedimento é proibido pela Anvisa
O procedimento é proibido pela Anvisa -

Diversos são os procedimentos estéticos que estão virando tendência nos últimos anos, principalmente entre as mulheres. Botox, bronzeamento artificial, preenchimento labial, harmonização facial, são exemplos dos tratamentos estéticos mais procurados em clínicas especializadas. 

O bronzeamento artificial é um dos mais procurados, principalmente nos meses que antecedem o verão. São diversos os tipos de bronzeamento artificial, como o com fita adesiva, por exemplo, que imita um biquíni, feito com a luz do sol, mas existe também o bronzeamento com máquina que, apesar de proibido pelas autoridades médicas e sanitárias, vem sendo muito urilizado de forma clandestina em São Gonçalo.

Essas câmaras artificiais funcionam como um tipo de sol, emitindo os raios ultra violetas (UVA), que estimulam a produção de melanina na pele. A proibição do procedimento foi determinada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em 2009, após a divulgação de diversos estudos que comprovaram efeitos colaterais como o câncer de pele. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que a exposição extrema aos raios UVA aumenta em até 75% os riscos de o paciente desenvolver câncer de pele.

Mesmo com o procedimento sendo proibido, numa pesquisa rápida nas redes sociais, O SÃO GONÇALO identificou, pelo menos, três clínicas que oferecem o bronzeamento artificial por máquina no município.

O dermatologista Wellington Vasques, 34 anos, é um dos que condenam o bronzeamento artificial através da aplicação de raios ultra violetas através de câmaras. "Essas máquinas de bronzeamento artificial, apesar de proibidas, ainda são oferecidas em algumas clínicas de bronzeamento de forma clandestina. Até pela internet é possível comprar máquinas desse tipo. Elas são totalmente contraindicadas, pois não sabemos o real funcionamento, a manutenção e as doses usadas nesses equipamentos. Essas câmaras emitem radiação UVA, que entra na pele, causando um grande risco de câncer de pele aos pacientes expostos, como o melanoma, que causa metástase. Os pacientes também podem sofrer com envelhecimento precoce da pele", explica o dermatologista. 

Wellington também dá dicas para aqueles que já fizeram uso dessas máquinas. "O importante é ter consciência de que eles precisam de um acompanhamento dermatológico, principalmente para quem já fez muitas sessões. É necessário ter um acompanhamento anual com o dermatologista para analisar pintas e outras manchas novas, para saber se houve alguma lesão nova, com objetivo de diagnosticar um possível câncer de pele precocemente, e poder realizar a sua remoção cirúrgica. Esses problemas surgem muito mais a médio e longo prazo do que a curto prazo, por isso, se você usou uma câmara dessa há anos, é importante também manter esse acompanhamento médico", alertou.

Vale lembrar que outras técnicas de bronzeamento artificial são autorizadas pela Anvisa, sendo elas: o bronzeamento a jato, as pílulas de bronzeamento e o autobronzeador. Portanto, aquelas pessoas que desejam manter sua 'marquinha' de sol não precisam desistir do bronzeamento artificial, podendo recorrer a espaços clínicos que realizem esses procedimento regularizados e aprovados.

Sobre as clínicas de bronzeamento que utilizaram câmaras artificiais em São Gonçalo, a Prefeitura informou que "as clínicas com bronzeamento artificial estão proibidas desde 2009 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Na próxima semana, a Subsecretaria de Fiscalização e Posturas irá realizar uma ação de fiscalização para verificar irregularidades de eventual funcionamento clandestino no município".

Já a Polícia Civil informou que, na última segunda-feira (03), agentes da Delegacia do Consumidor (Decon) inteditaram duas clínicas clandestinas em Queimados, na Baixada Fluminense. Sobre as denúncias de OSG, a Polícia Civil afirmou que "os responsáveis pelos estabelecimentos foram conduzidos até a sede da especializada e irão responder por crimes contra o consumidor".

Os agentes realizaram a ação em cumprimento a normativa do Ministério da Saúde/Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Resolução nº 56, de 9 de novembro de 2009, que proíbe em todo território nacional o uso dos equipamentos para bronzeamento artificial, com finalidade estética, baseada na emissão da radiação ultravioleta (UV) 

"Os equipamentos proibidos foram apreendidos e as duas unidades foram interditadas até cumprimento da legislação pertinente", finaliza a nota.

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