Estudante da UFF é destaque em Campeonato Mundial de Debates Universitários

Estudantes universitários de várias regiões do mundo participaram, na última semana, do World Universities Debating Championship (WUDC), o campeonato mundial de debates universitários. Ainda pouco conhecido no Brasil, o ‘esporte intelectual’ tem conquistado cada vez mais espaço dentro das universidades brasileiras. 

Neste ano, segundo o Instituto Brasileiro de Debates (IBD), o Brasil teve a maior delegação de debatedores no WUDC. Estudantes de diversas partes do Brasil representaram suas universidades no maior campeonato de debates competitivos do mundo, que neste ano, por conta da pandemia, ocorreu de forma virtual. O país sede foi a Coréia do Sul.

Gabriel Guia é natural de Resende e formado em direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde foi um dos fundadores da Sociedade de Debates da UFRJ (SDUFRJ), a primeira da cidade do Rio. Atualmente ele é estudante de economia na Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói.

Além de já ser um dos principais nomes do movimento nacional de debates, com diversos títulos de campeão e de melhor debatedor, agora é, também, destaque no cenário mundial. Guia, como é conhecido no movimento de debates, foi um dos juízes selecionados para julgar as etapas eliminatórias do WUDC. De acordo com o Instituto Brasileiro de Debates, essa é a primeira conquista brasileira no cenário mundial. 

“É uma conquista muito grande para mim, porque há muito tempo me dedico aos debates e sempre busquei incentivar e promover essa cultura dentro e fora do mundo universitário. Ser o primeiro brasileiro a conseguir isso dentro de um torneio com mais de mil pessoas de diversos continentes, de diversas universidades reconhecidas, é algo magnífico!”, afirma Gabriel. 

Apesar de estar atualmente matriculado na UFF, Gabriel participou do campeonato representando sua primeira casa. “Fico muito feliz de ser a pessoa que, representando a SDUFRJ e a UFRJ, conseguiu trazer esse reconhecimento para o Brasil”, afirma.

O universitário afirma que o destaque no campeonato mundial também tem um grande valor para a comunidade brasileira de debates.

“Essa conquista representa também um esforço coletivo do movimento de debates brasileiro, que quis melhorar, expandir os horizontes e tentar cada vez mais levar a cultura de debates ao meio universitário, ao meio secundarista e também à sociedade de modo geral, porque isso forma pessoas mais engajadas.  No Brasil, ainda é um movimento jovem se comparado aos demais países, onde alguns já tem mais de 100 anos de história. Temos, por exemplo, figuras como Barack Obama e Jacinda Ardern, que fizeram parte de sociedades de debates. Ver que temos esse tipo de movimento no Brasil crescendo cada vez mais é algo gratificante”, destacou.

*Estagiário sob supervisão de Thiago Soares